UM PAÍS MAIS HUMANO

Nossa população cresceu 12,3% nos últimos dez anos, segundo o censo do IBGE. Chegamos a 190,7 milhões de brasileiros, distribuídos ao longo de um território continental, rico, fértil, dadivoso e que apresenta uma estrutura social mais equânime e menos injusta depois dos dois mandatos vitoriosos do presidente Lula.
Descobrimos através do censo de 2010 que houve um crescimento impressionante de nossa população urbana, que agora chega a robustos 84,53%. O Brasil rural, hoje um exemplo de trabalho e produtividade, todavia, tem bem menos gente. Nossas grandes capitais já são metrópoles, com todas as qualidades e todas as mazelas que isso acarreta.
Já sabemos que as mulheres são maioria, algo como quase 4 milhões a mais que os homens. Nada mal para um país que em menos de um mês será governado pela sua primeira presidenta, a companheira Dilma Rousseff.
Em uma década algumas cidades apresentaram crescimento notável. E o melhor é que as campeãs de desenvolvimento estão fora do “sul maravilha” ou das regiões mais desenvolvidas. É uma notícia espetacular! Durante a “Era Lula” Palmas (TO) cresceu 66,21%; Boa Vista (RR) alcançou os 41,73%; Macapá (AP), 40,45%; Rio Branco (AC), 32,69%; Manaus (AM), 28,22%; Porto Velho (RO), 27,46%. As populações cresceram, permaneceram em suas cidades por terem mais trabalho, mais oportunidades, melhor condição de vida, melhor saúde e educação de qualidade. O brasileiro ficou mais em sua terra natal, junto de suas raízes e dos que lhe são caros aos sentimentos, por não ter mais que se aventurar no eixo São Paulo/Rio de Janeiro ou nos Estados mais desenvolvidos do sudeste e do sul. Prova disso é que as capitais mais desenvolvidas tiveram menor crescimento, como Curitiba (a que mais cresceu no Sul e Sudeste) com 10,5%, enquanto São Paulo teve apenas 7,76%.
Temos 67,6 milhões de domicílios, dos quais 6,1 milhões estão vazios. Isso demonstra, na justa medida, que a questão habitacional está equacionada, especialmente depois dos programas sociais do governo Lula, como o “Minha Casa, Minha Vida”. Em dez anos atingimos o número de 3,3 moradores por domicílio contra os anteriores 3,75. Portanto, há mais gente no país com casa própria.
Um número, particularmente, despertou a atenção e encheu-me de alegria: estamos com expectativa de vida maior, o que denota melhor qualidade de vida, especialmente para os mais idosos. Temos 23.760 pessoas com mais de 100 anos de idade! E desses abençoados brasileiros exatos 3.525 vivem na Bahia, a terra da felicidade! Deles, uma assume o papel de exemplo de vitalidade, lucidez e amor ao Brasil e seu povo, a querida Dona Canô, mãe de Caetano Velloso e de Maria Bethânia.
Mulheres e homens que dedicaram suas vidas às suas famílias e ao seu país estão vivendo mais, com melhores condições de subsistência e mais saúde. Não faz tempo, a expectativa de vida do brasileiro era de pouco mais de 60 anos. Um indicador ruim, decorrente de um país subdesenvolvido e com graves problemas estruturais. Hoje a média de vida de nossa população chega aos 73 anos. Haverá de aumentar ainda mais por conta de um país que já desenvolve políticas sociais modernas e responsáveis, mas não deixa de ser um salto muito expressivo e digno de comemoração.