tag:blogger.com,1999:blog-43122254774332548312024-03-13T15:28:04.425-07:00Juventude do PT do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral NorteJuventude do PT do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral NorteSilvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.comBlogger142125tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-11425578333824918882012-01-22T08:19:00.000-08:002012-01-22T08:19:15.332-08:00Nota da Juventude do Partido dos Trabalhadores de São José dos Campos e da Macro da Juventude do Partido dos Trabalhadores do Vale do Paraíba sobre a Invasão Policial ao Pinheirinho<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="text-indent: 35.4pt;"></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="text-indent: 35.4pt;">A Juventude do Partido dos Trabalhadores de São José dos Campos e do Vale do Paraíba vem manifestar por meio de nota sua profunda insatisfação e desagrado com o MASSACRE promovido pela PM paulista, e pela ação covarde da Juíza Márcia Loureiro de fugir de seu domicílio para não acatar a liminar federal.</span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">O estado de anarquia social que hoje vitima a população trabalhadora do Pinheirinho, é resultado da omissão do poder público municipal, priorizando a hegemonia do poder do capital especulativo em detrimento ao valor humano da terra e da moradia. Já não é tão incomum dizer que esta é mais uma ação de um governo liderado pelo PSDB, mas a novidade é justamente a desumanidade com que tratam a população pobre, e trabalhadora.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">O criminoso internacional Naji Nahas, dono das terras do bairro Pinheirinho, hoje se deleita com esta ação, bebendo do sangue desta gente humilde, crianças, jovens, mulheres, e homens que anseiam o mínimo que lhes é garantido pela constituição, o direito a Moradia, Saneamento Básico, e a Liberdade.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Hoje a JPT de São José dos Campos e do Vale do Paraíba, compartilha das dores desta ação fascista, com os companheiros do Pinheirinho. Somos todos vítimas deste mesmo mal, que é o poder do capital em sua face mais maligna e perversa, tirando os direitos básicos do povo em prol do conforto de alguns poucos. A luta do Pinheirinho é a luta de todos nós, jovens, trabalhadores, socialistas!</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Assim reafirmamos nosso compromisso a luta do Pinheirinho, e continuaremos a nos manifestar contra as ações desumanas e em prol da especulação imobiliária.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Bruno Lima Emidio – Secretário Municipal da JPT de São José dos Campos</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Silvinha Rezende – Coordenadora da JPT da Macro Vale do Paraíba</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Rogério Cruz do Carmo – Secretário Estadual da JPT – SP</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Jefferson Lima – Secretário Nacional da JPT</div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-91368784991090743332012-01-16T07:16:00.000-08:002012-01-16T07:18:40.030-08:00Um partido cada vez mais jovem<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1LklRykMOL3p-tbhxtGUSyGyYYV4W1B1B_No6VMjbaEVCj9ydNnv49G8kHKqb7QX-KbIJbulTCsAVSbrC_a5_cquWGJ5JoEvif45RRcDf5f9aPFq9qWK-Irixz7QU9w36TUBXmGREROQ/s1600/jeff.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1LklRykMOL3p-tbhxtGUSyGyYYV4W1B1B_No6VMjbaEVCj9ydNnv49G8kHKqb7QX-KbIJbulTCsAVSbrC_a5_cquWGJ5JoEvif45RRcDf5f9aPFq9qWK-Irixz7QU9w36TUBXmGREROQ/s200/jeff.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; line-height: 17px; text-align: justify;">"Para Jefferson Lima, filiar novos jovens ao PT, <br />
é um dos principais desafios da nova gestão" </span> </td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Sergipano de Aracaju, Jefferson Lima tem 24 anos e milita no PT desde 2005. É estudante de História e no II Congresso Nacional da Juventude petista, realizado em Brasília de 12 a 15 de novembro, foi eleito Secretário Nacional da Juventude do PT</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px;"><br />
</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px;"><br />
</span></span></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: left;"><strong style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; font-weight: bold; line-height: 17px;"><br />
</strong></div></div><div style="text-align: justify;"><strong style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; font-weight: bold; line-height: 17px;">Quais eram os objetivos da Juventude do PT com a realização do II Congresso?</strong></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">O II Congresso da JPT foi um momento de muitos debates, apresentação de propostas e de renovação da direção nacional da Juventude do PT. Momento de discussão de sua organização e dos principais desafios para essa nova geração de petistas.</span></div><div style="text-align: justify;"><br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /></div><div style="text-align: justify;"><strong style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; font-weight: bold; line-height: 17px;">Em sua avaliação, eles foram cumpridos?</strong></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Tivemos algumas dificuldades, mas o balanço final do II Congresso foi positivo. Muita mobilização e unidade após o encontro.</span></div><div style="text-align: justify;"><br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /></div><div style="text-align: justify;"><strong style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; font-weight: bold; line-height: 17px;">Quantos petistas se envolveram nos debates preparatórios ao congresso? Qual foi seu tamanho total (quantos delegados e delegadas e estados)?</strong></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Foram três meses com congressos municipais e estaduais e a etapa nacional no mês de novembro. Conseguimos mobilizar mais de 15 mil jovens petistas em todo o país e realizar as etapas estaduais em todos os 26 estados mais o Distrito Federal. Com essa ampla mobilização e participação da JPT, o II Congresso Nacional contou com quase 700 delegados e delegadas.</span></div><div style="text-align: justify;"><br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /></div><div style="text-align: justify;"><strong style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; font-weight: bold; line-height: 17px;">E qual a estratégia que vocês pretendem utilizar para dialogar com os jovens filiados que não estão participando da JPT e envolvê-los?</strong></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Aumentar o diálogo com a sociedade e filiar novos jovens ao Partido dos Trabalhadores estão entre os principais desafios dessa nova gestão.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Vamos aproveitar o processo das eleições municipais de 2012 para realizar um grande movimento de filiação. Temos o desafio de conquistar os corações e atrair os jovens que são simpatizantes do nosso partido, que defendem nossos governos nas escolas, nos bairros, nas redes sociais, no campo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">As ações da JPT serão focadas principalmente nos municípios, para dialogar com o dia a dia dos jovens brasileiros e aproximá-los cada vez mais do nosso partido.</span></div><div style="text-align: justify;"><br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /></div><div style="text-align: justify;"><strong style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; font-weight: bold; line-height: 17px;">Depois que a JPT deixou de ser apenas um setorial do partido, o que mudou, na prática?</strong></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Essa vitória foi fruto de muito empenho e de muita construção política.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Conseguimos que a direção nacional do PT compreendesse que a JPT não poderia ser somente um setorial no partido. Precisávamos de mais força para vencer os desafios que estão apresentados.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">O debate da renovação geracional foi de extrema importância. Precisamos ter um partido cada vez mais jovem e antenado com a nova realidade brasileira.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Nosso desafio agora é incidir sobre a construção de um partido socialista de massas que tenha na prática política e na organização de militantes seu principal alicerce para abrir uma nova fase na história do Brasil e do mundo. O fortalecimento dos laços com a classe trabalhadora, sua organização e a presença na luta dos explorados e oprimidos devem ser prioridade, e a juventude petista deve ser um dos principais expoentes dessa política.</span></div><div style="text-align: justify;"><br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /></div><div style="text-align: justify;"><strong style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; font-weight: bold; line-height: 17px;">Como a JPT pretende lidar com os 52 milhões de jovens do país? O que é fundamental para as juventudes brasileiras hoje?</strong></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Esse momento do bônus demográfico vai demorar a ocorrer novamente. Temos de aproveitá-lo para ampliar as políticas públicas para os jovens brasileiros.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Acreditamos que com uma boa relação da JPT, das outras juventudes partidárias, com os movimentos sociais e com a Secretaria Nacional de Juventude do governo Dilma conseguiremos avançar no fortalecimento das políticas principalmente para os segmentos mais excluídos da sociedade, como os jovens negros, as jovens mulheres, os jovens LGBT. É fundamental investir cada vez mais na educação, na geração de emprego e renda para os jovens, no acesso à cultura e ao lazer, no fortalecimento da agricultura familiar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Precisamos aproveitar esse grande contingente de jovens e fazer campanhas pelo fim do extermínio da juventude, pela reforma política no nosso país, pela democratização da mídia. Fazer um chamado pela unidade das juventudes e avançar na conquista por mais direitos.</span></div><div style="text-align: justify;"><br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /></div><div style="text-align: justify;"><strong style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; font-weight: bold; line-height: 17px;">Como a JPT pretende trabalhar para modificar os caminhos traçados pela hegemonia cultural e ideológica do neoliberalismo entre os jovens da atual geração?</strong></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Pretendemos manter um diálogo social com os mais diversos segmentos e muita mobilização para mostrar as mudanças realizadas pelo nosso governo do PT a partir da eleição do companheiro Lula.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">É dever de todo jovem petista fazer esse debate na sociedade e passar para o jovem brasileiro que o melhor caminho é vir para o PT e ajudar a construir um novo Brasil.</span></div><div style="text-align: justify;"><br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /></div><div style="text-align: justify;"><strong style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; font-weight: bold; line-height: 17px;">E vocês têm discutido como enfrentar a ideia muito difundida de que política não é uma coisa boa para os jovens?</strong></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Infelizmente setores conservadores do nosso país tentam difundir essa ideia. Estaremos lutando e mostrando para a juventude brasileira que a política é um grande instrumento de transformação social e que é preciso participar cada vez mais. Prova disso são nossos governos estaduais e principalmente o federal, que através da política mudou e muda para melhor a vida da juventude brasileira. Faremos esse debate com muita mobilização social nas eleições de 2012.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">A juventude brasileira tem potencial para ser a força motriz do aprofundamento das transformações vividas pelo país.</span></div><div style="text-align: justify;"><br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /></div><div style="text-align: justify;"><strong style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; font-weight: bold; line-height: 17px;">Foram aprovadas várias resoluções políticas no congresso. Quais você considera as mais importantes?</strong></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Tivemos diversas resoluções aprovadas e 98% delas construídas por consenso pelas forças partidárias presentes no II Congresso da JPT. Destaco a resolução política do congresso, norteando os principais desafios para o próximo período e as mudanças que a juventude quer no Brasil e no mundo. Outra resolução importante é a que trata da organização da JPT, seu novo processo de eleição, a necessidade de uma política de municipalização e das frentes de massa da JPT.</span></div><div style="text-align: justify;"><br style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;" /></div><div style="text-align: justify;"><strong style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; font-weight: bold; line-height: 17px;">Fernanda Estima</strong><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"> é editora assistente de </span><em style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Teoria e Debate</em></div><div style="text-align: justify;"><strong style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; font-weight: bold; line-height: 17px;">Foto: </strong><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;">Fernanda Estima/TD</span> </div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="line-height: 17px;"><br />
</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #2a2a2a; font-family: Tahoma, Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px;"><br />
</span></div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-8731048443989001682012-01-14T09:49:00.001-08:002012-01-14T09:49:36.957-08:00Pinheirinho: O massacre armado pelo PSDB!<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkAI5WFM4Ct9xvrkSisocDTU1TgrFVqVX2QC9i2RD6FkxcrJyEARvn5JLyet1xVEMdVyPvPUzptbn3bpH9o7FuzAnOcOdal_sL3tSQPj8qzg7sMcYf420OZVZZDDEa4QHgsz6GoO5akB4/s1600/Andr%25C3%25A9.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkAI5WFM4Ct9xvrkSisocDTU1TgrFVqVX2QC9i2RD6FkxcrJyEARvn5JLyet1xVEMdVyPvPUzptbn3bpH9o7FuzAnOcOdal_sL3tSQPj8qzg7sMcYf420OZVZZDDEa4QHgsz6GoO5akB4/s1600/Andr%25C3%25A9.jpg" /></a><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12px; text-align: justify;">No Brasil, é assegurado por meio da Constituição Federal, que todo cidadão tem o direito à moradia: “Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, </span><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12px; text-align: justify;"><em><strong>a moradia</strong></em></span><span style="background-color: white; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12px; text-align: justify;">, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.</span></div><div style="background-color: white; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mas, desde que o PSDB passou a governar São José dos Campos, a partir de 1997 com Emanuel Fernandes, a fila da habitação passou de 14 mil para 26 mil inscritos, ou seja, a falta de um programa habitacional em São José fez praticamente dobrar o número de pessoas que esperam pela casa própria.</span></div><div style="background-color: white; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span id="more-53"></span></span></div><div style="background-color: white; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">No município pelo menos 154 bairros, onde residem mais de 40 mil pessoas, aguardam pela regularização fundiária e, entre eles está o assentamento do “Pinheirinho”, que há oito anos abriga pouco mais de 1500 famílias, que hoje, vivem sob a ameaça da reintegração de posse.</span></div><div style="background-color: white; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ao que parece, o atual Prefeito, Eduardo Cury, está determinado a devolver as terras ao Sr. Naji Nahas, um megaespeculador que deve mais de 15 milhões de reais em impostos ao município e foi preso pela Policia Federal durante a operação Satiagraha, pois, mesmo com a posição do Governo Federal, de regularizar o assentamento do Pinheirinho, o Prefeito mantém sua posição: não negociar com os moradores e, muito menos com o Governo Federal.</span></div><div style="background-color: white; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Durante os últimos dias, após a Juíza Márcia Loureiro determinar a imediata reintegração de posse e rejeitar o pedido de prorrogação do prazo feito pelo Governo Federal, as opiniões da população joseense ficaram divididas entre os favoráveis a expulsão das famílias e os que defendem os moradores do assentamento.</span></div><div style="background-color: white; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Contudo, é importante deixar claro que, devido às condições sociais impostas pela sociedade, essas famílias não tiveram outra opção a não ser ocupar a área vazia, improdutiva e sem função social, mesmo que isso significasse uma moradia longe do ideal e sem infra-estrutura mínima, ou alguém teria coragem de arrastar a própria família para uma vida precária?</span></div><div style="background-color: white; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A administração municipal preparou o palco para um verdadeiro massacre, talvez maior do que os vistos em Carajás, Sonho Real e tantas outras reintegrações, ou o prefeito espera que um pai de família entregue o teto dos filhos sem resistir?</span></div><div style="background-color: white; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">É evidente que os moradores do Pinheirinho não querem esse banho de sangue que manchará o nome de nossa cidade, mas certamente resistirão com todas as forças.</span></div><div style="background-color: white; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Tudo isso poderia ter sido evitado se o governo do PSDB, ainda em 1997, tivesse implantado uma política habitacional. Tudo isso seria resolvido se a administração municipal deixasse a diferença partidária e aceitasse a ajuda do Governo Federal.</span></div><div style="background-color: white; font-family: 'Lucida Grande', 'Lucida Sans Unicode', Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em; text-align: justify;"><em><span style="font-family: Arial, sans-serif;">André Diniz é V</span>ice-Presidente da União Estadual dos Estudantes na regional Vale do Paraíba e membro da JPT Macro Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte</em></div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-63832664401104657292012-01-14T09:49:00.000-08:002012-01-14T09:50:05.844-08:00Entrevista com Gabriel Medina - Presidente do Conjuve<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjswyomZgWYNPOj1VNvBw_8OiOO1Hd-FdtLoa2tnpPmfo-OZ950Zz1pMdOFfm8y_DLcwr_D2k7ILAgndOfnQWVBJK9F2gaCmSZlqhDIwtO4MB4jCQWMROyooLDQ2chs9Rwk_J67Ss00WYk/s1600/Medina.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjswyomZgWYNPOj1VNvBw_8OiOO1Hd-FdtLoa2tnpPmfo-OZ950Zz1pMdOFfm8y_DLcwr_D2k7ILAgndOfnQWVBJK9F2gaCmSZlqhDIwtO4MB4jCQWMROyooLDQ2chs9Rwk_J67Ss00WYk/s200/Medina.jpg" width="144" /></a></div><br />
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;"><div style="text-align: justify;"><b>Entrevista cedida por Gabriel Medina – Presidente do CONJUVE – Conselho Nacional de Juventude, para a Juventude do PT - Macro Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte<o:p></o:p></b></div></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;"><div style="text-align: justify;"><b><br />
</b></div></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;"><div style="text-align: justify;"><b style="line-height: 150%;"><o:p> </o:p></b><b style="line-height: 150%;">1 - Qual é sua trajetória de militância?</b></div></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;"></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;"><div style="text-align: justify;"><b>Gabriel Medina – </b>Comecei a militar em 2000, isso quer dizer que já tenho mais de 12 anos de militância. Fiz parte do movimento estudantil onde participei de duas gestões do meu Centro Acadêmico e de mais duas gestões do DCE (Diretório Central dos Estudantes), além da Coordenação Nacional dos Estudantes de Psicologia, meu curso. </div></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;"><div style="text-align: justify;">Também participei da organização do Fórum Social Mundial em 2002, 2003, 2005 e 2009; quando fiz parte do comitê de organização do Acampamento Intercontinental da Juventude. Em 2003 participei da construção do “Projeto Juventude” um projeto fundamental para a construção da Política Nacional de Juventude, coordenado pelo Instituto Cidadania. Também fui assessor parlamentar e ajudei na construção do Plano Nacional de Juventude coordenado pela Câmara dos Deputados. </div></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;"><div style="text-align: justify;">Desde 2004 milito no FONAJUVES, Fórum Nacional de Movimentos e Organizações Juvenis, que ajudei a fundar e que foi muito importante para a consolidação de espaços democráticos como a 1ª Conferência Nacional de Juventude e do Conselho Nacional de Juventude. Ainda tem o Movimento Música Para Baixar que defende a reforma do direito autoral, o Plano Nacional de Banda Larga, o Software Livre e acredita que a internet se consolida como uma importante ferramenta para a democratização da informação e da cultura.</div></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;"><div style="text-align: justify;">Em 2008 fui candidato a vereador no Município de Araraquara e atualmente sou o 2º suplente na Câmara Municipal da cidade.</div></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;"><div style="text-align: justify;"><b>2 - Como funciona o Conjuve? Qual o seu papel dentro do governo federal e junto à sociedade civil?</b> </div></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;"><div style="text-align: justify;"><b>Gabriel Medina – </b>O Conjuve não é um órgão deliberativo. Ele tem caráter propositivo. Entre suas atribuições estão formular e propor diretrizes voltadas para as políticas públicas de juventude, desenvolver estudos e pesquisas sobre a realidade socioeconômica dos jovens e promover o intercâmbio entre as organizações juvenis nacionais e internacionais. </div></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;"><div style="text-align: justify;">Ao todo somos 60 membros na composição do Conjuve, sendo 20 representantes do governo federal e 40 representantes da sociedade civil distribuídos em cadeiras divididas em educação, trabalho e renda, cultura, saúde e gênero, esporte e lazer, pesquisa, jovens com deficiência, participação juvenil, povos e comunidades tradicionais, raça/etnia, religiões de matriz africana, segurança pública, artítisticas e culturais, do campo, estudantis, hip-hop, jovens empresários, jovens feministas, jovens negros e negras, juventude LGBT, meio ambiente, movimento comunitário, político-partidária, religiosos, trabalhadores urbanos, local, fóruns e redes, e comunidades tradicionais. </div></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;"><div style="text-align: justify;">O Conjuve funciona por meio de Comissões Permanentes (Articulação e Diálogo com a Sociedade Civil, Acompanhamento de Políticas e Programas, Parlamento e comunicação) e Grupos de Trabalho (Juventude Negra, Meio-Ambiente, Relações Internacionais), com tempo determinado de funcionamento. </div></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;"><div style="text-align: justify;"><b>3 - Quais as principais conquistas do Conjuve nos últimos anos?</b> </div></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;"><div style="text-align: justify;"><b>Gabriel Medina – </b>Desde sua criação, ainda recente, foi possível perceber muitos avanços e conquistas. Pouco a pouco, o CONJUVE construiu sua identidade e ampliou sua capacidade de interferir nos rumos da política de juventude. </div></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">Nos últimos anos eu destacaria a aprovação da PEC da Juventude que virou Emenda Constitucional nº 65 e insere o temo “jovem” na Constituição Federal. Isso garante, entre outras questões assegurar direitos fundamentais a 50 milhões de jovens, e abre caminho para avanços como, por exemplo, a instituição do Plano Nacional de Juventude. </div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">Podemos citar também as duas edições do Pacto pela Juventude, ação que mobilizou a juventude brasileira nas eleições de 2008 e 2010 e demarcou posição de ideias da juventude junto aos candidatos e à opinião pública.</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">Outra iniciativa importante foi a realização do Encontro de Conselhos de Juventude, que ao final do ano passado chegou a sua 3ª edição e além trabalhar com a formação dos/as Conselheiros/as, estimulou a criação de novos Conselhos no país.</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b>4 - Quais são os principais objetivos e desafios do Conjuve para os próximos anos?</b> </div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b>Gabriel Medina – </b>É preciso fortalecer o papel fiscalizador do CONJUVE como órgão de participação e controle social. O Conselho deve ter capacidade de desenvolver avaliação e monitoramento sistemáticos sobre a gestão do Governo Federal, tanto no que se refere ao trabalho coordenado pela Secretaria Nacional de Juventude, quanto aos programas de juventude organizados por outros Ministérios.</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">Do ponto de vista dos marcos legais precisamos aprovar o Plano Nacional de Juventude e acho que esta é uma prioridade. Pensando em ações mais imediatas e tão importante quanto estabelecermos um bom marco legal, é a realização da 2ª Conferência Nacional de Juventude. Nesta 2ª edição precisamos ampliar a participação e criar mais mecanismos para que jovens de todos os lugares do país possam debater, propor e enriquecer esse espaço. </div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b>5 - Este ano vamos ter a 2 Conferencia de Juventude, como os jovens podem contribuir para o debate? Como devem se organizar? <o:p></o:p></b></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b>Gabriel Medina – </b>Penso que cada jovem, cada grupo juvenil tem uma forma muito particular e muito rica de participação. Essas experiências juntas serão fundamentais para entendermos o que precisamos adequar na Política Nacional de Juventude e que tipo de ações podemos propor para que as Políticas Públicas de Juventude atinjam o objetivo a que se destinam. </div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">Esperamos que a 2ª Conferência aponte caminhos para a consolidação da Política Nacional de Juventude, como uma prioridade na agenda do Governo Federal e com força para se enraizar nos Estados e Municípios. Neste sentido precisamos que todos e todas estejam atentos aos editais, aos prazos e participem de forma massiva das etapas municipais, estaduais e das conferências regionais ou conferências livres.</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">A proposta apresentada pelo Conjuve que deve ser ratificada pelo Governo Federal propõe mecanismos que asseguram a sociedade civil a possibilidade de organização das Conferências, caso os Governos Municipais ou Estaduais se recusem a fazê-la. Outro instrumento importante é a possibilidade de realizar as Conferências Livres, processo desburocratizado que permite a organização de discussões nas escolas, bairros, praças, ou em qualquer lugar que a juventude esteja presente. </div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b>6 - A Secretaria Nacional e o Conjuve são a expressão institucional da política de juventude hoje. Você acha necessário criar um Ministério da Juventude? Por que?<o:p></o:p></b></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b>Gabriel Medina – </b>Acho importante conferir um status de Ministério à Secretaria Nacional de Juventude, mas isso só não resolve a questão. Precisamos ter um Pacto Federativo<span style="line-height: 150%;"> que tenha condições de compartilhar responsabilidades na implementação das políticas de juventude entre União, Estados, Distrito Federal e municípios garantindo a descentralização das políticas, o fortalecimento do controle social e a articulação entre as políticas públicas. A SNJ como órgão de execução e coordenação no poder executivo com status de Ministério sem dúvida teria mais força política para garantir a transversalidade da política de juventude nos Ministérios ou mesmo para coordenar ações específicas. A experiência da SEPPIR e a SEPM estão aí para mostrar que ter status de Ministério ajuda na força da pauta no Governo Federal.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b>7 - Qual a importância de termos candidatos jovens, políticos jovens ou mais jovens participando da política?<o:p></o:p></b></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b>Gabriel Medina – </b> <span style="line-height: 150%;">É fundamental termos mais jovens nos espaço de representação até para termos um certo equilíbrio entre a população jovem e quem representa suas demandas junto ao Poder Público. No entanto, não precisamos ter apenas jovens, mas jovens comprometidos com as bandeiras da juventude excluída, que priorizem a questão da inserção da juventude num projeto de país desenvolvido e soberano, e que também defenda novas ideias para um mundo melhor, mais justo e solidário.</span></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b><span style="color: #333333;">8- Como você vê o governo em relação à juventude hoje? Há políticas públicas para os(as) jovens? Como você as avalia</span></b>.</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b>Gabriel Medina – </b>O governo Lula iniciou um ciclo com relação à Política Pública de Juventude. Foram dados passos significativos para consolidação de uma cultura de valorização do|a jovem como sujeito de direitos. Mas ainda há muito a ser feito. Precisamos de políticas estruturantes e de programas específicos caminhando lado-a-lado para criarmos uma nova realidade que tire o|a jovem da situação de exclusão, mas que crie condições para essa pessoa caminhar, construir e colaborar com o crescimento do país em um momento tão promissor quanto esse que vivemos. Nisso o Governo Dilma tem um grande desafio do qual todos nós fazemos parte. </div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b>9 - Como os jovens podem se organizar para a criação de Conselhos Municipais de Juventude?</b> </div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b>Gabriel Medina – </b>Não há uma fórmula para criação de Conselhos, mas algumas questões ajudam muito. O diálogo entre as mais diversas representações juvenis do local certamente é um primeiro passo. Buscar parlamentares sensíveis à importância da democracia participativa e conversar com as secretarias e órgão da Prefeitura que estão relacionados ao tema. É importante ter dados que justifiquem a criação do Conselho e que ajudem a fundamentar essas conversas. No mais é garantir o debate e buscar a experiência de outros municípios e de outros conselhos. O Conjuve tem uma publicação que discute a criação de conselhos e que está disponível no nosso site:<a href="http://www.juventude.gov.br/biblioteca/conjuve">www.juventude.gov.br/biblioteca/conjuve</a></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b>10 - Sendo militante do Partido dos Trabalhadores, como você avalia a relação do PT com a juventude brasileira? Quais são as demandas fundamentais?</b></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b>Gabriel Medina – </b>A Juventude do PT viveu um momento importante com a organização do I Congresso no qual deixou de ser setorial e se transformou em instância partidária. Entretanto, boa parte de nossas formulações não se concretizaram em prática política. Em parte, acredito que seja falta de compreensão e apoio da nossa direção para que de fato consolidemos um trabalho mais forte e presente na vida da juventude brasileira, de outro lado, entendo que a própria JPT precisa se transformar e ao invés de concentrar esforços na disputa interna e nos aparatos burocráticos do PT, buscar se relacionar com a juventude trabalhadora não organizada e construir intervenções nos bairros, nas cidades, ou seja no diálogo com a sociedade.</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">Penso que temos um caminho longo para nos tornarmos referência de uma ampla massa de jovens, mesmo aqueles que hoje se identificam com o PT, mas alguns passos foram dados e precisam de um empenho de todas as forças políticas para que sejam aperfeiçoados.</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b>Deixe um recado para a juventude do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte:</b></div><div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b>Gabriel Medina – </b>A mensagem que quero deixar é de muita luta. Sei que existe um conjunto de jovens do Vale engajados, militantes e que se esforçam para transformar a realidade da região, do Estado de São Paulo e do Brasil. Quero dizer que o Conjuve espera poder representar os anseios de vocês e que possamos juntos, mobilizados, disputar a hegemonia política no Estado e referenciar cada vez mais jovens no nosso projeto de construção de uma sociedade mais justa e sem preconceitos.</div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-7908191803692476212011-04-27T07:58:00.000-07:002011-04-27T07:58:06.075-07:00União homoafetiva entra na pauta do Plenário do STF na semana que vem<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXn6zN3n7spHmQ4bDFoV8iHvmwGRHW7nW21IZBXmeQtEoYwzYS3SMAbOcaJ1_W5BMi-ejBxENifTu7qZJZnm6DZAhtJVyjQx3Fjv9Y83Y3U4cMoqKATOdrkdvC4DxLBZbgJfkSl5ojABQ/s1600/maosdadas-610x225.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="118" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXn6zN3n7spHmQ4bDFoV8iHvmwGRHW7nW21IZBXmeQtEoYwzYS3SMAbOcaJ1_W5BMi-ejBxENifTu7qZJZnm6DZAhtJVyjQx3Fjv9Y83Y3U4cMoqKATOdrkdvC4DxLBZbgJfkSl5ojABQ/s320/maosdadas-610x225.jpg" width="320" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="color: #666666; font-family: 'times new roman', 'new york', times, serif; font-size: 10px; line-height: 13px;"></span><br />
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-top-width: 0px; font-size: 1.3em; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Dois processos envolvendo a união de pessoas do mesmo sexo foram agendados na pauta de julgamentos do Plenário do Supremo Tribunal Federal da próxima semana, quarta-feira, dia 4/05. Com relatoria do ministro Ayres Britto, os ministros deverão analisar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132.</div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-top-width: 0px; font-size: 1.3em; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">A ADI 4277, ajuizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), foi protocolada inicialmente como ADPF 178. A ação objetiva a declaração de reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. Pede que os mesmos direitos e deveres nas uniões estáveis heteressexuais sejam estendidos aos companheiros nas uniões entre pessoas do mesmo sexo.</div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-top-width: 0px; font-size: 1.3em; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">A PGR defende a tese de que “se deve extrair diretamente da Constituição de 1988, notadamente dos princípios da dignidade da pessoa humana, da igualdade, da vedação de discriminações odiosas, da liberdade e da proteção jurídica, a obrigatoriedade do reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar”.</div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-top-width: 0px; font-size: 1.3em; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">A ADPF 132, o governo do Estado do Rio de Janeiro alega que o não reconhecimento da união homoafetiva contraria preceitos fundamentais como igualdade, liberdade e o princípio da dignidade da pessoa humana, todas da Constituição Federal.</div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-top-width: 0px; font-size: 1.3em; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">A ação pede que o STF aplique o regime jurídico das uniões estáveis, previsto no artigo 1723 do Código Civil, às uniões homoafetivas de funcionários públicos civis do Rio de Janeiro. E que os mesmos direitos dados a casais heterossexuais sejam dados aos casais homossexuais em relação a dispositivos do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Rio de Janeiro, que tratam sobre concessão de licença, previdência e assistência.</div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-top-width: 0px; font-size: 1.3em; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="color: #2a2a2a; font-size: 16px; line-height: 20px;">Fonte - <a href="http://www.forumpaulistalgbt.org/" style="color: #1e66ae; cursor: pointer; font-weight: inherit; line-height: 20px; text-decoration: underline;" target="_blank">www.forumpaulistalgbt.org</a></span></div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-top-width: 0px; font-size: 1.3em; line-height: 17px; margin-bottom: 1.35em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-76592398855738549912011-03-17T12:16:00.000-07:002011-03-17T12:16:01.861-07:00Entrevista da presidenta Dilma Rousseff ao jornal Valor Econômico<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBswZIHhuHrrh68xivmpBOtN1wH73EFTDrP_-dTP71hziQnxBPrKORcHtqGOIf-Wzt0nR0nEvzaw3hIycNi-cC0yyks_5d6wNpCsVC3Brn4ubF-VrofuUkDlsPvjEvskivIpSyhRW71Tk/s1600/Dilma.bmp" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="112" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBswZIHhuHrrh68xivmpBOtN1wH73EFTDrP_-dTP71hziQnxBPrKORcHtqGOIf-Wzt0nR0nEvzaw3hIycNi-cC0yyks_5d6wNpCsVC3Brn4ubF-VrofuUkDlsPvjEvskivIpSyhRW71Tk/s200/Dilma.bmp" width="200" /></a></div><br />
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Entrevista da Presidenta Dilma Rousseff - Vale a pena ler.<br />
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<strong>Valor: Qual o impacto do desastre no Japão sobre a economia mundial e sobre o Brasil?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma Rousseff:</em></strong> Primeiro, acho que ficamos todos muito impactados. A comunicação global em tempo real cria em nós uma sensação como se o terremoto seguido do tsunami estivessem na porta de nossas casas. Nunca vi ondas daquele tamanho, aquele barco girando no redemoinho, a quantidade de carros que pareciam de brinquedo! Inexoravelmente, a comunicação faz com que você se coloque no lugar das pessoas! Essa é a primeira reação humana. Acredito, numa reflexão mais fria depois do evento, se é que podemos chamar alguma coisa de fria no Japão, acho que um dos efeitos será sobre o petróleo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Aumento de preço?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Vai ampliar muito a demanda de petróleo ou de gás para substituir a energia nuclear. Pelo que li, 40% da energia de base do Japão é nuclear. Os substitutos mais rápidos e efetivos são o gás natural ou petróleo. Acredito que esse será um impacto imediato. Nós sempre esquecemos da diferença substantiva entre nós e os outros países.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor<em>:</em></strong> <strong>Qual?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Água. Nesse aspecto somos um país abençoado. Não tenho ideia de qual vai ser a política de substituição de energia. Não sei como a Alemanha, por exemplo, vai fazer. Os Estados Unidos já declararam que não vão interromper o programa nuclear. Nós não temos a mesma dependência. Temos um elenco de alternativas que os outros países não têm. A Europa já usou todo o seu potencial hídrico. Energia é algo que define o ritmo de crescimento dos países e o Brasil tem na energia uma diferença estratégica e competitiva. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: E tem</strong> <strong>o pré-sal. O governo poderia acelerar o programa de exploração?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Não. Vamos seguir num ritmo que não transforma o petróleo em uma maldição. Queremos ter uma indústria de petróleo, desenvolver pesquisas, produzir bens e serviços e exportar para o mundo. Não podemos apostar em ganhos fáceis. Temos que apostar que o pré-sal é um passaporte para o futuro. Não vamos explorar para usar, mas para exportar. Queremos nossa matriz energética limpa e queremos, também, ter ganhos na cadeia industrial do petróleo. Esse é um país continental com uma indústria sofisticada e uma das maiores democracias do mundo. Não somos um paisinho.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: A sra. acha que a tragédia no Japão vai atrasar a recuperação da economia mundial?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Acredito que atrasa um pouco, mas também tem um efeito recuperador, de reconstrução. O Japão vai ter que ser reconstruído. É impressionante o que é natureza. Nem nos piores pesadelos conseguimos saber o que é uma onda de dez metros.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: O esforço de reconstrução de uma parte do Japão deve demandar grandes somas de recursos. Isso pode reduzir o fluxo de capitais para o Brasil?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Pode ter um efeito desses. Acho que vai haver um maior fluxo de dinheiro para lá e isso não é maléfico. Tem dinheiro sobrando para tudo no mundo. Para a reconstrução do Japão, para investir aqui e para especular.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor:</strong> <strong>O governo, preocupado com a taxa de câmbio, tem mencionado a necessidade de novas medidas. Uma delas seria encarecer os empréstimos externos para frear o processo de endividamento de bancos e empresas? A sra. já aprovou essas medidas?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Primeiro, é preciso distinguir o que é dívida para investimentos do que é dívida de curto prazo. Imagino que quem está se endividando esteja fazendo "hedge". Todo mundo aí é adulto.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Mas o governo prepara um pacote de medidas cambiais?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Tem uma coisa que acho fantástica. Às vezes abro o jornal e leio que a presidenta disse isso, pensa aquilo, e eu nunca abri minha santa boca para dizer nada daquilo. Tem avaliações de que um ministro subiu, outro desceu, que são absurdas. Absurdas! Falam que tais ministros estão desvalorizadíssimos na bolsa de apostas. Acho que o governo não pode se pautar por esse tipo de avaliação. Nenhum presidente avalia seus ministros dessa forma. E nenhum presidente pode fazer pacotes de acordo com o flutuar das coisas. Toma-se medidas que tem a ver com o que se está fazendo. Mas posso lhe adiantar algumas coisas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor</strong>: <strong>Quais?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Eu não vou permitir que a inflação volte no Brasil. Não permitirei que a inflação, sob qualquer circunstância, volte. Também não acredito nas regras que falam, em março, que o Brasil não crescerá este ano. Tenho certeza que o Brasil vai crescer entre 4,5% e 5% este ano. Não tem nenhuma inconsistência em cortar R$ 50 bilhões no Orçamento e repassar R$ 55 bilhões para o BNDES garantir os financiamentos do programa de sustentação do investimento. Não tem nenhuma inconsistência com o fato de que o país pode aumentar a sua oferta de bens e serviços aumentando seus investimentos. E ao fazê-lo vai contribuir para diminuir qualquer pressão de demanda. Hoje, eu acho que aquela velha discussão sobre qual é o potencial de crescimento do país tem que ser revista. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor:</strong> <strong>Revista como?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Você se lembra que diziam que o PIB potencial era de 3,5%? Depois aumentou, e baixou novamente durante a crise global, pela queda dos investimentos, não? E aumentou em 2010, com crescimento de 7,5% puxado pelo aumento de bens de capital. Então, isso não é consistente.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor:</strong> <strong>A sra. comunga ou não da ideia de que é possível ter um pouquinho mais de inflação para obter um pouco mais de crescimento?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Isso não funciona. É aquela velha imagem da pequena gravidez. Não tem uma pequena gravidez. Ou tem gravidez ou não tem. Agora, não farei qualquer negociação com a taxa de inflação. Não farei. E não acho que a inflação no Brasil seja de demanda. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Não?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Pode ser que essa seja a divergência que nós temos com alguns segmentos. Nós não achamos que ela é de demanda. Achamos que há alguns desequilíbrios em alguns setores, mas é inequívoco que houve nos últimos tempos um crescimento dos preços dos alimentos, que já reduziu. Teve aumento do preço do material escolar, dos transportes urbanos, que são sazonais.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: E a inflação de serviços que já passa de 8%?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Há crescimento da inflação de serviços e isso temos que acompanhar. Mas o que não é possível é falar que o Brasil está crescendo além da sua capacidade e que, portanto, tem um crescimento pressionando a inflação. O mundo inteiro, na área dos emergentes, está passando por isso. Houve um processo de pressão inflacionária que tem componente ligado às commodities e, no Brasil, tem o fator inercial. Mas é compatível segurar a inflação e ter uma taxa de crescimento sustentável para o país. Caso contrário, é aquela velha tese: tem que derrubar a economia brasileira. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Derrubar o crescimento?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Nós não vamos fazer isso. Não vamos e não estamos fazendo. Estamos tomando as medidas sérias e sóbrias. Estamos contendo os gastos públicos. Tanto estamos que os resultados do superávit primário de janeiro e fevereiro vão fechar de forma significativa para o que queremos. Vamos conter o custeio do governo. Estamos esfriando ao máximo a expansão do custeio. Agora, não precisamos expandir o investimento para além do maior investimento que tivemos, que foi o do ano passado. Vamos mantê-lo alto. Olhe quanto investimos em janeiro: R$ 2,5 bilhões pagos. O pessoal fala dos restos a pagar. Ninguém faz plano de investimento de longo prazo no Brasil sem fazer restos a pagar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: São mais de R$ 120 bilhões. Não está muito alto?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Por quê? Ou nosso investimento é baixo ou é alto. Eu levei dois anos - 2007 e 2008 - brigando para fazer a BR-163, entre o Paraná e o Mato Grosso. É todo o escoamento da nossa produção e agora ela decolou. Está em regime de cruzeiro. Estamos nos preparando para ter uma forte intervenção nos aeroportos. </div><div style="text-align: justify;"><a name='more'></a><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Intervenção como?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Vamos fazer concessões, aceitar investimentos da iniciativa privada que sejam adequados aos planos de expansão necessários. Vamos articular a expansão de aeroportos com recursos públicos e fazer concessões ao setor privado. Não temos preconceito contra nenhuma forma de expansão do investimento nessa área, como não tivemos nas rodovias. Porque não fizemos a BR-163 quando eu era chefe da Casa Civil?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Por quê?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Quando cheguei na Casa Civil havia um projeto para privatizá-la completamente. Esse projeto virou projeto de concessão e eu o recebi assim. Fomos olhá-lo e sabe quanto era o cálculo da tarifa média? R$ 900. Isso mostra que essa rodovia não era compatível com concessão. Talvez no futuro, quando tivesse que duplicar, fosse por concessão porque ela já teria se desenvolvido e criado fontes geradoras para si mesma. A Regis Bittencourt dá para fazer concessão, pois ela se mantém. O que não é possível é usar o mesmo remédio para todos os problemas. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: E como será para os aeroportos?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Vamos fazer concessão do que existe - fazer um novo terminal, por exemplo. Posso fazer concessão administrativa com cláusula de expansão. Posso fazer concessão onde nada existe, como a construção de um aeroporto da mesma forma que se faz numa hidrelétrica. É possível que haja necessidade de investimentos públicos em alguns aeroportos. O Brasil terá que ter aeroportos regionais. Nós vamos criar a Secretaria de Aviação Civil com status de ministério, porque queremos uma verdadeira transformação nessa área. Para ela irá a Anac, a Infraero e toda a estrutura para fazer a política. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Quando a sra. vai mandar para o Congresso a medida provisória que cria a secretaria?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><strong>Dilma:</strong></em> Estou pensando em mandar até o fim deste mês.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Quem vai ocupar a pasta da Aviação?</strong> </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Ainda estamos discutindo em várias esferas um nome para a aviação civil. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: O nome do Rossano Maranhão não está confirmado?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Nós sempre pensamos no Rossano para várias coisas. Não só eu. O presidente Lula também. Nós o consideramos um excepcional executivo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor:</strong> <strong>Eu gostaria de voltar à questão da inflação. A sra. disse que não vai derrubar a economia e vai derrubar a inflação. É isso</strong>?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Não é só isso. Eu não negocio com inflação.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor:</strong> <strong>Há quem argumente, na ponta do lápis, que não é possível reduzir a inflação de 6% para 4,5% e crescer 4,5% a 5% ao ano.</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Você pode fazer várias contas. É só fazer um modelo matemático. Agora, se ela é real... </div><div style="text-align: justify;"><br />
<strong>Valor: Mesmo com o corte de R$ 50 bilhões nos gastos públicos, a política fiscal do governo não é contracionista de demanda. Ela é menos expansionista do que foi no ano passado.</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Ela é uma política de consolidação fiscal.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: O que significa isso</strong>?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> É porque achamos que o que estamos fazendo não é... É como cortar as unhas. Vamos ter que fazer sempre a consolidação fiscal. Na verdade, temos que fazer isso todos os anos, pois se você não olhar alguns gastos, eles explodem. Se libera os gastos de custeio, um dia você acorda e ele está imenso. Então, você tem que cortar as unhas, sempre. Nós estamos cortando as unhas do custeio, vamos cortar mais e vamos fazer uma política de gerenciar esse governo. Estamos passando em revista tudo o que pode ser cortado e isso tem que ser feito todos os anos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: O que significa não negociar com a inflação do ponto de vista de cumprimento da meta?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Significa que a meta é de 4,5% e nós vamos perseguir 4,5%. Tem banda para cima, banda para baixo (margem de tolerância de 2 pontos percentuais), mas nós sempre tentamos, apesar da banda, forçar a inflação para a meta até tê-la no centro. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Os mercados não estão acreditando nisso. Acham que o Banco Central foi frouxo no aumento dos juros, até porque o Palácio do Planalto teria autorizado um aumento de 0,75 ponto percentual e o presidente do BC (Alexandre Tombini) não usou essa autorização...</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Eu não vejo o Tombini há um mês, não vejo e não falo. Aproximadamente... eu lembro uma vez que ele viajou e a última vez que falei com ele foi antes dessa viagem.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: O Tombini é "dovish" [neologismo inglês derivado de 'dove', pombo, que indica um defensor de juros mais baixas e com postura mais tolerante com a inflação]?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> E eu sou arara (risos).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Preocupa a descrença dos mercados na política antiinflacionária?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> O mercado todo apostou que esse país ia para o beleléu em 2009. E no fim de 2009 a economia já tinha começado a se recuperar. O mercado apostou numa taxa de juro elevadíssima quando o mundo já estava em recessão. Então eu acho que o mercado acerta, erra, acerta, erra, acerta. Não acho que temos que desconsiderar o mercado, não. A gente tem que sempre estar atento à opinião dele, que integra um dos elementos importantes da realidade. Um dos principais, mas não o único. Eu vou considerar essa história de "dovish" e "hawkish" (pombo ou falcão) uma brincadeira, um anglicismo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Mas o BC, no seu governo, tem autonomia?</strong> </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> O Banco Central tem autonomia para fazer a política dele e está fazendo. Tenho tranquilidade de dizer que em nenhum momento eu tergiverso com inflação. E não acredito que o Banco Central o faça. Eu acredito num Banco Central extremamente profissional e autônomo. E esse Banco Central será profissional e autônomo. Não sei se não estão tentando diminuir a importância desse BC.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Por quê?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Porque não tem gente do mercado na sua diretoria.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Mas pode vir a ter?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Pode ter, sim. Falar que tem que ser assim ou assado é um besteirol. Desde que seja um nome bom, ele pode vir de onde vier. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: A opção por fazer uma política monetária diferente, mesclada de juros e medidas prudenciais, pode estar criando um mal-estar?</strong> </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> O mercado tem os seus instrumentos tradicionais, mas tem também os incorporados recentemente, no pós-crise. Você tem que fazer essa combinação. Não pode ser fundamentalista, não é bom. Conte com os dois que o efeito ocorre.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: A sra. reiterou a meta de inflação de 4,5%, mas não mais para este ano, não é?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Sobre isso, tem um artigo interessante escrito pelo Delfim (na edição de terça-feira do Valor), a respeito de que não existe uma lei divina que diz que a taxa de crescimento será de 3% e que a inflação será de 6%. Eu acho que isso é adivinhação.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: As condições para o ano de 2011 não estão dadas?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Não, depende da gente. Nós mostramos que não estava dado na hora da crise e vamos mostrar que não está dado também na hora da inflação e do crescimento sustentado da economia brasileira. Quando eu digo que tenho firme convicção de que não se negocia com a inflação, é para você saber que nós passamos todo o tempo olhando isso. Por isso eu acredito no que faz o Banco Central, no que faz o Ministério da Fazenda.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Tem um elemento já dado para 2012 que preocupa os analistas: a superindexação do salário mínimo no momento em que o país estará em plena luta antiinflacionária. Não seria hora, depois de 17 anos de plano de estabilização, de se desindexar tudo?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> No futuro nós vamos ter uma menor preocupação com a valorização do salário mínimo. Quando? Quando houver um crescimento sustentado nesse país.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Isso não dificulta o combate à inflação?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> O que aconteceu com o salário mínimo ao longo do tempo? Uma baita desvalorização. Seja porque ele não ganhava sequer a correção inflacionária, seja porque vinha de patamares muito baixos. Acho que o processo de valorização do salário mínimo ainda não se esgotou. Foi isso que nós sinalizamos aquele dia na Câmara (na votação da proposta de correção pela inflação e pelo PIB até 2015). Nós não fazemos qualquer negócio. Quando a economia vai mal, nós não vamos dar reajuste, ele será zero. Vamos dar a inflação. Quando a economia vai bem, com um atraso de um ano, nós damos o que a economia ganhou ali, porque acreditamos que houve um ganho global de produtividade e de crescimento sistêmico. O prazo de um ano (o reajuste é dado pelo PIB de dois anos anteriores) amortece, mas transfere ao trabalhador um ganho que é dele, é da economia como um todo. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Esse é um assunto resolvido até 2015, portanto?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Dar ao trabalhador o direito de receber o ganho decorrente do crescimento do país, com o cuidado de não ser automático para você poder ter acomodação necessária, é fundamental. Acho que o acordo feito entre as centrais e o governo do presidente Lula dá conta dessa época que estamos vivendo, em que estamos valorizando o salário mínimo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: E depois, negocia-se outra regra?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> É, porque esta não vai dar conta de uma época futura neste país, onde teremos mantido uma taxa de crescimento sistemática, durante um período mais longo, mais de cinco anos, por exemplo. Aí, sim, você terá tido um nível de recuperação da renda que justifica você ter outra meta. Agora, o que nós fizemos e explicamos para as centrais foi manter o acordo que tinha uma sustentação política, uma sustentação de visão econômica da questão do salário mínimo. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: O reajuste de 13,9% de 2012 corrigirá também as aposentadorias?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Esse aumento vai para 70% dos aposentados que ganham salário mínimo. Quem ganha mais do que um mínimo não tem indexação. Em 2014 nós teremos que apresentar uma política para os anos seguintes. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Nessa ocasião ele poderá ser atrelado à produtividade?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Não sei. Não acho que isso (a regra atual) seja uma indexação e quem está falando que é uma indexação tem imensa má vontade com o trabalhador brasileiro. Temos que fazer com que algumas regiões do país e alguns setores da sociedade cresçam a uma taxa maior do que a média para reduzir as desigualdades. Isso vale para o Nordeste, para o Norte, para a metade sul do Rio Grande do Sul, para o Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais e o Vale do Ribeira, em São Paulo. O mesmo se aplica a alguns setores da sociedade. Há, aí, uma estratégia que olha para o Brasil. O país não pode ser tão desigual. Isso não é bom politicamente, socialmente, e não é bom para a economia. O que nos aproxima da Índia, da Rússia e da China, os Bric, não é tanto o fato de sermos emergentes. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: O que é?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> É o fato de que países que têm a oportunidade histórica de dar um salto para a frente, países continentais com toda a sorte de riquezas, quando sua população desperta e passa a incorporar o mercado, isso acelera o crescimento. É o que explica que o nosso crescimento pode ser maior do que o crescimento dos países desenvolvidos. Outro fator é se conseguirmos criar massivamente um processo de educação em todos os níveis para a população, e formação de pessoas ligadas à ciência e tecnologia que permita que o país comece a gerar inovação. Essas três coisas explicam muito os Estados Unidos e é nelas que temos que apostar para o Brasil dar um salto. Nós temos hoje uma janela de oportunidade única. Além disso temos petróleo, biocombustível, hidrelétrica, minério e somos uma potência alimentar. Não queremos ser só "commoditizados". Queremos agregar valor. Por isso insistimos em parcerias estratégicas com outros países. Agora mesmo vamos propor uma para os Estados Unidos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Na visita do presidente Obama? Qual?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Na área de satélites, especialmente para avaliação do clima, e parcerias em algumas outras áreas. Vou lhe dar um exemplo: acho fundamental o Brasil apostar na formação no exterior. Todos os países que deram um salto apostaram na formação de profissionais fora. Queremos isso nas ciências exatas - matemática, química, física, biologia e engenharia. Queremos parceria do governo americano em garantia de vagas nas melhores escolas. Nós damos bolsa. Vamos buscar fazer isso não só nos Estados Unidos, e de forma sistemática.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: O que a sra. espera de fato dessa visita?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Acho que tanto para nós quanto para os Estados Unidos o grande sumo disso tudo, o que fica, é a progressiva consciência de que o Brasil é um país que assumiu seu papel internacional e que pode, pelos seus vínculos históricos com os Estados Unidos e por estarmos na mesma região, ser um parceiro importantíssimo. Isso a gente constrói. Agora, essa consciência é importante. Nós não somos mais um país da época da "Aliança para o Progresso", um país que precisa desse tipo de ajuda. Não que a aliança para o progresso não tenha tido seus méritos, agora não é isso mais que o Brasil é. O Brasil é um país que os EUA tem que olhar de forma muito circunstanciada. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Como assim?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Que outro país no mundo tem a reserva de petróleo que temos, que não tem guerra, não tem conflito étnico, respeita contratos, tem princípios democráticos extremamente claros e uma forma de visão do mundo tão generosa e pró-paz? Uma questão é fundamental: um país democrático ocidental como nós tem que ser um país que tenha perfeita consciência da questão dos direitos humanos. E isso vale para todos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Para o Irã e para os EUA?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Se não concordo com o apedrejamento de mulheres, eu também não posso concordar com gente presa a vida inteira sem julgamento (na base de Guantânamo). Isso vale para o Irã, vale para os Estados Unidos e vale para o Brasil. Também não posso dar uma de bacana e achar que o Brasil pode ficar dando cartas e não olhar para suas próprias mazelas, para o seu sistema carcerário, por exemplo, sua política com relação aos presos. E isso chega ao direito de uma criança comer, das pessoas estudarem. Isso é direito humano. Mas é também, no sentido amplo da palavra, o respeito à liberdade, a capacidade de conviver com as diferenças, a tolerância. Um país com as raízes culturais que nós temos, que tem uma cultura tão múltipla, e que tem esse gosto pelo consenso, pela conversa, tudo isso caracteriza uma contribuição que o Brasil pode dar para a construção da paz no mundo. Acho que o mundo nos vê como um país amigável. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: A sra. disse recentemente que não fará reforma da previdência social. Mas a regulamentação da reforma da previdência do setor público que está parada no Congresso, será feita?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Isso é outra coisa. Já está no Congresso e vamos tentar ver se ele vota. Mas não vamos tirar direitos do trabalhador, não. Nem vem que não tem!.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: A regulamentação da previdência pública, com a criação dos fundos de previdência complementar, não seria apenas para os novos funcionários?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Dilma:</strong> É. Mas aí temos que ver como será feito. Não estamos ainda discutindo isso.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: E a reforma tributária? Há informações que a sra. enviará quatro projetos distintos, mudando determinados tributos. É isso mesmo?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Estão entrando no Brasil produtos importados com o ICMS lá embaixo. É uma guerra fiscal que detona toda a cadeia produtiva daquele setor. Mas não vou adiantar o que vamos enviar ao Congresso porque não está maduro ainda. Vamos mandar medidas tributárias e não uma reforma. Vamos mandar várias para ter pelo menos uma parte aprovada. Mandaremos também o Programa Nacional de Ensino Técnico (Pronatec) e o programa de Erradicação da Pobreza. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Como serão esses dois?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Não posso lhe adiantar porque também não estão fechados. O Pronatec vai garantir que o ensino médio tenha um componente complementar profissional, de um lado, e, de outro lado, garantir que tenha uma formação para os trabalhadores brasileiros de forma que não sobre trabalhador numa área e falte em uma outra. Isso é um pouco mais complicado e não posso dar todas as medidas por que elas interferem em outros setores. Já a questão do ICMS é uma regulamentação que já está no Senado.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: E a desoneração de folha salarial sai?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Não posso lhe falar sobre as medidas tributárias. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: São para este ano?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Na nossa agenda é para este semestre.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor:</strong> <strong>Qual a proposta para a erradicação da pobreza?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> É chegar ao fim de quatro anos mais próximo de retirar da pobreza os 19 milhões de brasileiros que ainda faltam. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: O instrumental é o Bolsa Família?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Nos já começamos a mexer no Bolsa Família, aumentando a parte de crianças. É com isso, com uma parte do Pronatec, que vai ajudar, é com microcrédito, incentivo à agricultura familiar de uma outra forma. Estamos passando as tropas em revista e mudando muita coisa. E tem que ter sintonia fina. Há profissionais dedicados ao estudo da pobreza que diz que se você não focar, olhando a cara dela, você não consegue tirar as pessoas. E nós queremos, desta vez, estruturar portas de saída.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Para todos e não só para os 19 milhões a que a sra se referiu?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Para todo mundo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: Uma porta de saída será o Pronatec?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Também. As saídas estão aí e estão em manter a economia crescendo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor:</strong> <strong>A reunião anual da Assembleia de Acionistas da Vale será dia 19 de abril. Nessa reunião deve se decidir sobre a permanência ou não do presidente Roger Agnelli, cujo contrato de trabalho termina dia 30 de abril. Ele será substituído ou pode ser reconduzido?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Não sei.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Valor: A sra. não sabe?</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong><em>Dilma:</em></strong> Você vai ficar estarrecida, mas não sei </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Fonte: Extraido do Blog Mandacaru13</div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-25520917145504281802011-03-17T12:15:00.000-07:002011-03-17T12:15:35.030-07:00Juventude e Mundo do Trabalho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSYhqooDig6aDSMAiW9vRM5HH53b94nq7S7kxTJMpYsmWaSzwo-n0Iws3rWN0eu2fawq9R6zffk5F_rhbEzgOdgQJ8c38XLianzBmgWp88vmKHPrHbwQXwLJTHdXjiWSdTDUh8gaI3xyI/s1600/z.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSYhqooDig6aDSMAiW9vRM5HH53b94nq7S7kxTJMpYsmWaSzwo-n0Iws3rWN0eu2fawq9R6zffk5F_rhbEzgOdgQJ8c38XLianzBmgWp88vmKHPrHbwQXwLJTHdXjiWSdTDUh8gaI3xyI/s200/z.JPG" width="133" /></a></div><div style="text-align: justify;">Ao longo da história do capitalismo, as classes dominantes têm atuado no sentido de adaptar o processo educacional para a manutenção e expansão da ordem vigente, preparando pessoal e conhecimento a seu serviço e legitimando seus valores e interesses. Na atual fase do capitalismo, temos visto os projetos pedagógicos das escolas e universidades voltarem-se à formação profissional (mão de obra) e à produção de conhecimento (tecnologia) que sustentem um modelo de desenvolvimento pautado pelo processo de acumulação de capital.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Neste contexto, tem se verificado uma profunda diferenciação na forma como a juventude camponesa e operária, de um lado, e os filhos das classes média e alta se situam na sociedade. No caso dos jovens de classe média e alta, são asseguradas as condições objetivas e subjetivas necessárias para que “vivam a juventude”, enquanto aos jovens das camadas populares é negado o direito de viver plenamente a condição juvenil, tendo em vista que, desde cedo, já estão inseridos em diferentes ambientes produtivos, como condição de sobrevivência própria e de suas famílias.</div><div style="text-align: justify;">Ao mesmo tempo, o perfil do jovem brasileiro que possui ensino médio completo, assalariado e com carteira assinada, retrato geralmente apresentado pelas médias das pesquisas, não representa a realidade da grande maioria dos jovens brasileiros: precariedade, direitos trabalhistas não assegurados, longas jornadas, baixos salários, além dos constantes casos de assédio moral e sexual e as discriminações diversas no trabalho, sobretudo por motivação de raça, gênero, orientação sexual, regionalidade e local de moradia.</div><div style="text-align: justify;">De acordo com o Dieese, 7 em cada 10 jovens participam do mercado de trabalho, empregados ou à procura de um emprego. O jovem é a População Economicamente Ativa mais atingida pelo desemprego. Em Salvador 41,4% dos jovens estão desempregados; em Brasília 35,4%; em Belo Horizonte 30,5%; em São Paulo 29,8%; em Porto Alegre 26,3%. Dois terços dos jovens que trabalham são responsáveis por complementar a renda familiar. Os jovens negros tendem a terem taxas de desemprego de 30 a 40% maiores que os jovens brancos. A desigualdade de gênero também prevalece: as jovens representam 25% e os jovens 15,3% dos desempregados.</div><div style="text-align: justify;">A indústria e o comércio são, em geral, os locais de trabalho dos jovens de baixa renda; os horários menos flexíveis e a necessidade de complementar a renda familiar acabam obrigando estes jovens a deixarem a escola por falta de tempo para estudar. A grande maioria dos jovens não consegue, ao mesmo tempo, conciliar os estudos com o trabalho, sendo grande o número dos que (principalmente nas famílias de baixa renda) não conseguem concluir o ensino médio, muitas vezes nem mesmo o ensino fundamental, exatamente por já estarem inseridos no mercado de trabalho.</div><div style="text-align: justify;">Também a necessidade de assegurar sua sobrevivência faz com que os jovens de famílias pobres sejam obrigados a aceitar as piores condições de trabalho, deixando de lado direitos, reivindicações e expectativas ao estabelecer uma relação de trabalho. A forma como se dá a entrada no mercado de trabalho, longe de ser apenas uma etapa inicial e passageira, influencia e determina o futuro da inserção profissional dos jovens ao longo de suas vidas.</div><div style="text-align: justify;">Debater a relação entre educação e o mundo do trabalho, sob a ótica de uma juventude comprometida com a transformação social e o desenvolvimento do país, requer mais do que estabelecer mudanças nos projetos de educação formal – que certamente contribuem para a necessária construção de hegemonia; é fundamental construirmos uma ação que compreenda a educação no âmbito das transformações a serem feitas no conjunto da sociedade e da ordem capitalista. Tal necessidade aponta para a construção de alianças entre a juventude e os demais setores organizados da sociedade.</div><div style="text-align: justify;">Sabemos que os sindicatos desempenharam papel decisivo ao regime militar, mobilizando centenas de milhares de trabalhadores em manifestações, greves e jornadas militantes. Deram seqüência e conseqüência a esse ciclo histórico engajando-se resolutamente, nos anos seguintes, em mobilizações políticas que contribuíram para a conquista da normalidade democrática de que o Brasil dispõe hoje.</div><div style="text-align: justify;">Em anos mais recentes, já articulados e unificados em centrais sindicais, desenvolveram campanhas e mobilizações que superam o âmbito corporativo, para se inscrever na pauta das jornadas nacionais em favor da inclusão social.</div><div style="text-align: justify;">Por isso, é justo atribuir aos sindicatos de trabalhadores uma parcela fundamental da responsabilidade pelo êxito da política nacional de juventude. Com seu engajamento pleno, estarão multiplicados os espaços e o potencial de sucesso dessa nova jornada estratégica de mobilização da cidadania.</div><div style="text-align: justify;">Mas é necessário reconhecer as fragilidades atuais. São raros os sindicatos, mesmo na Central Única dos Trabalhadores (CUT), onde funciona regularmente um departamento ou setor juvenil. Os temas específicos que despertam interesses entre os jovens muitas vezes estão ausentes das pautas das campanhas salariais. Os boletins e informativos raramente adotam linguagem atraente para os jovens. Em muitas entidades, simplesmente inexistem as atividades culturais, esportivas e festivas que costumem interessar aos jovens ainda não engajados na militância sindical, como shows e festivais de musica, grupos teatrais, projeção de filmes, acampamentos, etc.</div><div style="text-align: justify;">Em resumo, o cenário atual ainda é marcado por um certo conflito ou, pelo menos, por um distanciamento intergeracional nítido; muitos militantes e dirigentes mais antigos não priorizam a participação juvenil, adotam linguagem impermeável aos jovens, desconfiam de suas atitudes e, às vezes, expressam julgamentos carregando os mesmos preconceitos de que já foram alvo quando jovens: irresponsabilidade, irregularidade, superficialidade, individualismo, etc. nos congressos e grandes eventos sindicais, é nítida a queda percentual da participação dos jovens, numa comparação com as mobilizações – e fotografias – dos anos 70 e 80.</div><div style="text-align: justify;">Propõe-se, para superar esse ambiente, introduzir nas práticas sindicais o mesmo principio de transversalidade sugerido para as políticas públicas de juventude. As questões da juventude devem ser interligadas aos temas de gênero, raça e orientação sexual, e abordadas em todas as ações direcionadas a metas e conquistas de interesse da categoria profissional como um todo.</div><div style="text-align: justify;">A juventude CUTista sempre se preocupou com a violência, o problema do desemprego e a garantia de direitos, além das lutas mais gerais da classe trabalhadora; levantando bandeiras como a redução da jornada de trabalho sem redução de salários (eleita como uma das prioridades da juventude), pelo retardamento da entrada do Jovem no mercado de trabalho, contra a redução da maioridade penal, além de outras questões ligadas ao mundo do trabalho.</div><div style="text-align: justify;">Para 2011, muitos desafios estão colocados para a juventude trabalhadora, como as campanhas salariais, congressos sindicais, participação na Conferencia de Trabalho Decente, Conferencia de Juventude, ambas pautadas pelo Governo Federal. E será dentro deste cenário que nós jovens cutistas iremos mais uma vez levantar nossas bandeiras e avançar nas conquistas da classe trabalhadora.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Silvinha Rezende</strong> é coordenadora da JPT da Macro Vale do Paraíba, membro da Direção Estadual da JPT-SP e do Coletivo Nacional de Juventude da CUT pela Apeoesp / CNTE.</div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-44059202819294783982011-03-16T18:00:00.000-07:002011-03-16T18:00:47.055-07:00Partido e sindicato – dois importantes instrumentos de organização da classe trabalhadora<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw9CyNG2Qrkm3EHJFSCMagyg038PAM08nQvJ1HZRA5X5tWSVEj21CbalNK3V7DMyjZ6Uo0kucKUWtECF4Tf3UOFA71HaooolW7W11BfkLkOoKsP1NBp5UFW23UJ4sGpyRo9GH3ZUVQePg/s1600/Apresenta%25C3%25A7%25C3%25A3o1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw9CyNG2Qrkm3EHJFSCMagyg038PAM08nQvJ1HZRA5X5tWSVEj21CbalNK3V7DMyjZ6Uo0kucKUWtECF4Tf3UOFA71HaooolW7W11BfkLkOoKsP1NBp5UFW23UJ4sGpyRo9GH3ZUVQePg/s1600/Apresenta%25C3%25A7%25C3%25A3o1.jpg" /></a></div>“Não acredito que sindicato deva atuar como partido político. Ele deve agir é como indicador para a classe trabalhadora. Acredito e sinto a possibilidade de os trabalhadores participarem dos partidos políticos. Talvez não nos existentes atualmente, mas em outros cujos programas se afinem com as aspirações dos trabalhadores... não acredito que se deva atrelar sindicato a algum partido.” <br />
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Lula em entrevista concedida a Luiz Gonzalez. Visão, 3.abr.1978<br />
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<div style="text-align: justify;">“Transformação política, talvez seja a expressão que melhor defina a década de 80 no Brasil”. Se o país assistiu a uma grande transformação ‘macro’, ao passar da ditadura militar para a democracia, ele também vivenciou uma reformulação dos paradigmas de relação política entre a classe trabalhadora e o governo instituído. Dois grandes movimentos contribuíram para essa mudança de paradigma: em primeiro lugar, a emergência do chamado ‘novo sindicalismo’, após as greves do ABC no final da década de 70. Aliado a isso, o surgimento de um partido constituído por trabalhadores – e que não seguia o tradicional modelo do trabalhismo getulista ou brizolista – sacudiu a cena nacional.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Embora o Partido dos Trabalhadores tenha nascido no âmago das lutas sindicais do início da década de 80, tão logo ele foi criado constatou-se a necessidade premente de se criar uma central sindical que organizasse o conjunto da classe trabalhadora nacionalmente, mas que fosse independente do Estado e de qualquer partido político. </div><div style="text-align: justify;">Assim diferentemente dos partidos que estão imbricados na pratica política, os sindicatos tem uma fundamentação essencialmente econômica e um contexto heterogêneo e pluripartidário.</div><div style="text-align: justify;">O partido tem como objetivo organizar politicamente a classe a fim de traçar uma estratégia de luta por um objetivo especifico; o sindicato por sua vez apresenta objetivos relacionados a lutas diárias dos trabalhadores. </div><div style="text-align: justify;">Apesar disso alguns sindicatos não se limitam e ganham o campo político, como é o caso da CUT – Central sindical que representas as categorias de trabalho em âmbito nacional. </div><div style="text-align: justify;">A CUT surge sob a ótica da autonomia sindical e da independência frente ao estado. Autonomia e independência não significam neutralidade. Não existe neutralidade em uma greve, nem em uma ocupação de terra e tampouco numa eleição, ou em uma votação no Senado.</div><div style="text-align: justify;">No ultimo dia 16 de fevereiro aconteceu a votação do Salário Mínimo Nacional, ocasião na qual pudemos ver o PT (Partido dos Trabalhadores) e a CUT (Central Única dos Trabalhadores) defendendo propostas diferentes.</div><div style="text-align: justify;">Muitos diziam que a CUT era somente um braço do PT ou vice versa, isso porque ambos são importantes instrumentos de organização da Classe Trabalhadora. </div><div style="text-align: justify;">Ao contrário do que dizem não é incoerente a Central defender lado contrario ao PT e ao Governo Petista. Uma vez que cumprem papeis diferenciados na sociedade. Porém ambos são legítimos representantes da classe trabalhadora.</div><div style="text-align: justify;">A indagação que poderia ser feita para elucidar a perspectiva do diálogo entre a CUT e o PT deve ter como questionamento central a homogenia. Homogenia que, embora seja, uma palavra de fácil entendimento, tem difícil aplicação concreta. Assim, desde já, vislumbram-se as dificuldades que serão enfrentadas. No entanto, sabe-se que qualquer projeto societário na busca de construção de processos próprios e com eficácia social não pode se prescindir de força política. E, força política significa homogenia de classes.</div><div style="text-align: justify;">O questionamento, a ser discutido, está diretamente ligado a um bom entrosamento político e social e, portanto, faz com que a principal preocupação seja uma homogenia de líderes e de idéias.</div><div style="text-align: justify;">Historicamente, sabe-se o quanto é conflituosa e antagônica as relações de aproximação entre entidades sindicais e partidos políticos, pois ambos lutam por bandeiras comuns. Embora as bandeiras sejam comuns, as visões sobre os diversos caminhos para se atingir determinado objetivo são, por vezes, divergentes. Daí a origem do conflito ou, pelo menos, a existência de uma zona propícia a tal.</div><div style="text-align: justify;">Não se pode desconsiderar que o valor da democracia está fundamentado na divergência, mas em uma divergência construtiva em que os contendores se defrontam – com todas as armas e argumentos - para um objetivo final que é o bem comum. Conclui-se que mediante o debate de idéias, de forma altruísta, é que se atingirá a meta das ambições tanto sindicais como partidárias.</div><div style="text-align: justify;">Não apenas estatutariamente, mas principalmente por interesses inerentes à própria intenção existencial, o PT e a CUT convergem e divergem quanto aos seus objetivos prementes. Ao aprofundar-se em suas “cartilhas”, nota-se que as ações desses dois importantes atores do jogo político são apenas os meios para um objetivo maior no qual ambos se afinam. </div><div style="text-align: justify;">Um estudo aprofundado das relações de afinidades e divergências entre o PT e CUT pode ajudar, nessa problemática onde os atos que os aproximaram e ao mesmo tempo os afastaram, mesmo que para tal, sacrifique-se algumas idéias partidárias ou sindicais em prol do avanço social. </div><div style="text-align: justify;">Se por um lado é importante que a CUT assuma o seu protagonismo e não se conforme em cumprir o papel de mero apêndice desse ou daquele partido, também é importante que esse protagonismo não exclua pontos de diálogo com partidos, como o PT, e mesmo com o governo, a fim de que se possa avançar em questões de interesse da classe trabalhadora e da sociedade em geral.</div><div style="text-align: justify;">É preciso também que do seu lado, o PT, seja capaz de equacionar sua identidade com sua responsabilidade de ser governo, uma vez que muitas de suas bandeiras são programaticamente as mesmas bandeiras da Central e dos Sindicatos.</div><div style="text-align: justify;">Pragmaticamente, há que se levar em conta a responsabilidade de ser o principal partido da coalizão governista, sendo assim o principal papel do partido é de mediador entre a Central e o Governo. </div><div style="text-align: justify;">Assim, pode sem qualquer receio ter a certeza que se for realizado um bom diálogo, haverá união de forças, que juntas marcharão em direção de uma sociedade mais justa ou pelo menos mais humana.</div><br />
Texto de Silvinha Rezende - <span style="font-family: Georgia; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: EN-US;">está na Coordenação da Juventude do PT da Macro Vale do Paraíba, na Direção Estadual da JPT – SP e no <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Coletivo Nacional de Juventude da CUT – Apeoesp / CNTE</span>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-22672373890076586672011-02-21T14:14:00.000-08:002011-02-21T14:14:24.830-08:00O Golpe do Voto Distrital<div style="text-align: justify;">Em tempos de discussão por uma possível Reforma Política é importante nos interarmos sobre o assunto. Na última semana o Deputado Federal <a href="http://berzoini.org/"><strong><span style="color: black;">Ricardo Berzoini</span></strong></a> e o assessor da liderança do <a href="http://pt.org.br/"><strong><span style="color: black;">PT</span></strong></a> na Câmara Federal Athos Pereira publicaram artigo sobre o tema, discorrendo sobre a tentativa da oposição e da mídia de emplacar a “força” o voto distrital.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXKTKGOX04DRsu_K2p8MZvHjpb8piQ9pzl8IUpagFw1_27HeyltHj3LWUYZOa9hGfjSR3XLRj0iNpQLRbMEyRKnspHtX77G3T-umP_FhAbnuG9l7BYK2lPmxdEN9SUj1D20DcK_ttn36M/s1600/reforma-polc3adtica-jc3a1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" j6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXKTKGOX04DRsu_K2p8MZvHjpb8piQ9pzl8IUpagFw1_27HeyltHj3LWUYZOa9hGfjSR3XLRj0iNpQLRbMEyRKnspHtX77G3T-umP_FhAbnuG9l7BYK2lPmxdEN9SUj1D20DcK_ttn36M/s320/reforma-polc3adtica-jc3a1.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;">Sempre que necessário a direita brasileira recorre a seus alfarrábios coloniais para vender seu peixe. Neste momento em que se começa a debater uma reforma política para aperfeiçoar nossa democracia, os conservadores recorrem a uma mistificação em torno das supostas virtudes do voto distrital e tenta nos vender o sistema eleitoral falido da Inglaterra – na expressão utilizada pelo Primeiro Ministro Gordon Brown, em 10 de maio de 2010 -; como a última panacéia democrática.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Um dos princípios básicos da democracia consiste em garantir que a cada eleitor corresponda um voto. Para as eleições legislativas o sistema que pode garantir o princípio a cada eleitor um voto é o sistema proporcional e este sistema é quem também pode garantir a pluralidade que se espera de qualquer legislativo que se respeite.</div><div style="text-align: justify;">O sistema de voto majoritário é próprio para a escolha democrática de dirigentes do executivo (prefeitos, governadores e presidentes) e pode, sem prejuízo para a democracia, dispor de um segundo turno para dar maior legitimidade ao governante escolhido pelo povo, como ocorre no Brasil.</div><div style="text-align: justify;">Mas todos sabem que não há nenhuma obra humana que não seja passível de adulteração. Aqui no Brasil, o voto proporcional que é um sistema virtuoso e garante pluralidade tem sofrido deformações que prejudicam seu bom funcionamento. A Emenda Constitucional nº 8, parte do Pacote de abril de 1977, iniciou uma grave distorção. A ditadura tentava evitar uma derrota anunciada para 1978. O parágrafo 2º do Artigo 39 daquela emenda estabelecia um piso mínimo de deputados por Estado: seis. E o teto de 55. O § 3º do mesmo Artigo 39 estabelecia que cada Território, com exceção de Fernando de Noronha, elegeria dois deputados.</div><div style="text-align: justify;">Os constituintes de 1988 radicalizaram o processo de deformação do sistema proporcional, estabeleceram um piso de oito deputados por unidade da federação (Artigo 45, § 1º da atual Constituição). O argumento de que esta deformação decorre da necessidade da manutenção do equilíbrio federativa não procede. O equilíbrio federativo é dado pelo Senado, onde cada Estado está igualitariamente representado por três senadores. A ditadura e a constituinte causaram danos ao nosso sistema proporcional. Uma reforma política democrática requer uma revisão rigorosa do dispositivo constitucional acima citado.</div><div style="text-align: justify;">Antes de falar do sistema majoritário aplicado a eleições legislativas, que é uma orgia perpétua muito comum no mundo anglo-saxônico, é bom lembrar os percalços do funcionamento da votação majoritária americana para a eleição do presidente da República.</div><div style="text-align: justify;">Lá, o voto popular tem um filtro. Antes de ir diretamente para o candidato escolhido pelo eleitor, ele vai servir para eleger uma delegação a um colégio eleitoral que realmente elegerá o Presidente. Para um desavisado, pareceria óbvio que cada candidato a presidente teria um número de delegados proporcional ao número de votos populares que obteve. Quem teve 30% dos votos populares, levaria 30% dos delegados. Mas não é assim.</div><div style="text-align: justify;">Estes resquícios de um federalismo obsoleto e de um paroquialismo distrital contaminam o sistema eleitoral americano e produzem deformações. Cito Jairo Nicolau (Sistemas Eleitorais): “Nos Estados Unidos, o presidente não é eleito diretamente, mas por um colégio eleitoral. Os delegados do Colégio Eleitoral são eleitos em cada estado por intermédio de um sistema de maioria simples na sua versão de voto em bloco partidário, ou seja, em cada estado, o candidato mais votado elege todos os representantes. O estado da Califórnia, por exemplo, tem 47 delegados no Colégio Eleitoral. O partido do candidato presidencial mais votado na Califórnia elege todos os delegados.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Essa é a razão da discrepância quando se compara o percentual de votos recebidos pelos candidatos nas eleições e no Colégio Eleitoral. No pleito de 1992, por exemplo, Bill Clinton obteve 43% dos votos nas eleições, mas recebeu o apoio de 69% dos membros do Colégio Eleitoral”.</div><div style="text-align: justify;">Vale também mencionar as eleições presidenciais americanas de 2.000, quando Al Gore obteve mais votos populares do que George W. Bush, mas perdeu no Colégio Eleitoral numa disputa acirrada pelos votos da Florida decidida a favor de Bush por 500 votos e depois de muitas denúncias de fraude.</div><div style="text-align: justify;">Esses dois exemplos mostram que a cultura distrital prejudica o bom funcionamento da democracia até nas eleições para cargos executivos. A aplicação deste sistema nas eleições legislativas tem se revelado ainda mais danosa.</div><div style="text-align: justify;">A primeira vítima do sistema distrital é a pluralidade. Este sistema tende a privar de representação parlamentar as minorias, por mais expressivas que elas sejam; cria condições para que minorias sociais se transformem em maiorias parlamentares; tende a impor um bi-partidarismo que seguramente está longe de refletir a complexidade das sociedades modernas e elimina completamente a oportunidade de fazer com que a cada cidadão corresponda um voto, como deve ser nas democracias.</div><div style="text-align: justify;">No sistema distrital, o voto é majoritário. Numa disputa entre dois candidatos de um determinado distrito, o candidato que conquistar um voto a mais que o adversário leva tudo. Aquele candidato que obtiver um voto a menos perde tudo. O voto majoritário, repita-se, é democrático para a escolha de candidatos a cargos executivos, prefeito, governador, presidente. Nestes casos, só existe uma vaga a ser preenchida, é normal que aquele que tenha conquistado um voto a mais seja declarado vencedor. Outra coisa é uma eleição para o legislativo, onde existem várias vagas. Aí o normal é que as cadeiras da assembléia sejam distribuídas proporcionalmente ao número de votos obtidos por cada partido.</div><div style="text-align: justify;">Mas no sistema distrital não é assim. A votação de cada partido não expressa necessariamente o número de vagas que ele obterá no parlamento. Vejamos alguns exemplos. Tratando de eleições realizadas no Canadá em 1993, Jairo Nicolau (Sistemas Eleitorais – pg. 18) informa: “O Partido Conservador, que obteve 16,0% dos votos espalhados pelo território, elegeu apenas dois deputados, enquanto o Bloco de Quebec, com votação concentrada (13,5%), elegeu 54 deputados. O Partido da Nova Democracia, com apenas 6,9% dos votos, elegeu nove deputados”. Uma evidente deformação.</div><div style="text-align: justify;">Discutindo as eleições de 1996 na Austrália, Jairo Nicolau (op. Citada. Pg. 26) registra: “Os Trabalhistas, que receberam 38,8% dos votos, ficaram com 33,1% das cadeiras, enquanto os Liberais, com 38,7% dos votos, obtiveram 51,3% da representação parlamentar.” É minoria social assumindo o papel de maioria parlamentar por artes de um sistema eleitoral caduco.</div><div style="text-align: justify;">As últimas eleições realizadas no Reino Unido, 6 de maio de 2010, também produziram resultados extravagantes. O Partido Trabalhista obteve 29,0% dos votos e com esta votação conquistou 39,69% das cadeiras. Já o Partido Liberal Democrático obteve 23,1% dos votos para conquistar apenas 8,76%. É importante registrar que estes resultados incongruentes não são uma novidade.</div><div style="text-align: justify;">Essa é uma situação que perdura desde as eleições de 1948, quando o voto distrital passou a ser o único sistema aplicado no Reino Unido.</div><div style="text-align: justify;">O Partido Liberal Democrático foi prejudicado em todos os pleitos do pós-segunda guerra no Reino Unido. Ao longo deste período obteve em média 12,4% dos votos populares e apenas 1,9% das cadeiras do parlamento. Só agora, em 2010, quando ajudou os conservadores a formar um governo de coalizão, obteve a promessa de uma revisão do absurdo e obsoleto sistema eleitoral vigente na Grã-Bretanha. O primeiro ato desta reforma política vai acontecer em maio próximo quando a população vai ser consultada sobre a conveniência de uma reforma do sistema para introduzir nele elementos de proporcionalidade que podem finalmente introduzir a pluralidade no parlamento britânico.</div><div style="text-align: justify;">Enquanto os britânicos em maio irão às urnas para conquistar a pluralidade, aqui precisamos estar atentos para defender e ampliar a nossa pluralidade das ameaças da parte da direita que tem dificuldade para conviver com a democracia e, por isso mesmo, está preparando o engodo do voto distrital ou de suas variações.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Ricardo Berzoini</strong> é deputado federal pelo PT-SP e ex-presidente nacional do PT</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Athos Pereira</strong> é assessor político da Liderança do PT na Câmara</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><br />
<div align="justify"></div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-76246895423579196072011-02-21T14:09:00.000-08:002011-02-21T14:09:28.560-08:00Os simbolismos de Dilma<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEichpRjHHIMywfT5hMLEQDQ3RSUL5kzXcyF3ivobBkZe95aBklsetrPTiVZNkqwsEZGp7WgADeviFJ6r4AnVe39QC8YwcIrCShEHHsM4OAlkxs8WNtIJD1R8lEdQ1lbQGwWmdBHUd4L668/s1600/sdc10598.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" j6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEichpRjHHIMywfT5hMLEQDQ3RSUL5kzXcyF3ivobBkZe95aBklsetrPTiVZNkqwsEZGp7WgADeviFJ6r4AnVe39QC8YwcIrCShEHHsM4OAlkxs8WNtIJD1R8lEdQ1lbQGwWmdBHUd4L668/s1600/sdc10598.jpg" /></a><br />
<div style="text-align: justify;">Cada era, época, período tem sua marca ou característica. Os oito anos de mandato do Presidente Lula ficaram marcados pela facilidade de comunicação entre o Presidente e a população. Muitas frases ditas por Lula marcaram seu tempo, e as metáforas populares usadas pelo Presidente aproximaram o poder do cotidiano das pessoas.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Eleita, Dilma logo tratou de imprimir sua marca à seu período. E usou de simbolismos que surpreendeu muita gente logo de cara. A toda poderosa Rede Globo de Televisão, que desde os tempos da Ditadura Militar, da qual foi forte aliada, sempre teve o privilégio da primeira entrevista coletiva, mesmo com Lula, não recebeu o mesmo tratamento de Dilma, que concedeu a Rede Record de Televisão sua primeira exclusiva. Essa atitude foi simbólica, já que pela primeira vez o debate pela democratização das comunicações foi pauta importante do processo eleitoral, e continua na pauta do dia do governo e principalmente dos movimentos populares.</div><div style="text-align: justify;">Passado 30 dias da sua posse, a Presidenta Dilma partiu para sua primeira viagem internacional, e mais uma vez, a Presidenta aproveitou para fixar sua marca, ao invés de visitar qualquer país da Europa ou os EUA, Dilma foi até a vizinha Argentina, governada também por uma mulher. Ao primeiro visitar a Argentina, país da América do Sul, nossa Presidenta mostra que o Brasil continuará a usar o princípio adotado no Governo Lula para sua política externa, brilhantemente gerida pelo Chanceler Celso Amorim, de diversificar as relações diplomáticas e comerciais do Brasil, de priorizar as relações com os países do hemisfério sul e de valorizar a América Latina, do Sul e principalmente o MERCOSUL.</div><div style="text-align: justify;">Visitar primeiro um país governado por uma mulher, do hemisfério sul, da América Latina e integrante do MERCOSUL é muito simbólico para o início do Governo, e pode sim ser a marca de um novo período para a política brasileira</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Texto de José de Paula Santos - Membro da Coordenação da Macro Vale do Paraíba<a href="http://transformageral.wordpress.com/2011/01/31/os-simbolismos-de-dilma/"></a></div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-89683385429567904692011-02-20T15:06:00.000-08:002011-02-20T15:06:30.082-08:00País do conhecimento, potência ambiental<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn4MZY5B0nvPxIOU3mXu78xOK51C1UhdU8VoQO3bVhf8lL8LOETbHvSkZdbYAN-Vb0ziF_oJeJPfeAYDPmmKID8Dfscig44gQnc_WTYRxeZZXGOF6-OqQ7ZsHgPTepOIN01EpcguwGHLQ/s1600/untitled.bmp" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" j6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn4MZY5B0nvPxIOU3mXu78xOK51C1UhdU8VoQO3bVhf8lL8LOETbHvSkZdbYAN-Vb0ziF_oJeJPfeAYDPmmKID8Dfscig44gQnc_WTYRxeZZXGOF6-OqQ7ZsHgPTepOIN01EpcguwGHLQ/s200/untitled.bmp" width="128" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em><strong>"Hoje, já não parece uma meta tão distante o Brasil se tornar país economicamente rico e socialmente justo, mas há grandes desafios pela frente, como educação de qualidade"</strong></em></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
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</div><div style="text-align: justify;">Há 90 anos, o Brasil era um país oligárquico, em que a questão social não tinha qualquer relevância aos olhos do poder público, que a tratava como questão de polícia.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">O país vivia à sombra da herança histórica da escravidão, do preconceito contra a mulher e da exclusão social, o que limitou, por muitas décadas, seu pleno desenvolvimento.</div><div style="text-align: justify;">Mesmo quando os grandes planos de desenvolvimento foram desenhados, a questão social continuou como apêndice e a educação não conquistou lugar estratégico. Avançamos apenas nas décadas recentes, quando a sociedade decidiu firmar o social como prioridade.</div><div style="text-align: justify;">Contudo, o Brasil ainda é um país contraditório. Persistem graves disparidades regionais e de renda. Setores pouco desenvolvidos coexistem com atividades econômicas caracterizadas por enorme sofisticação tecnológica. Mas os ganhos econômicos e sociais dos últimos anos estão permitindo uma renovada confiança no futuro.</div><div style="text-align: justify;">Enorme janela de oportunidade se abre para o Brasil. Já não parece uma meta tão distante tornar-se um país economicamente rico e socialmente justo. Mas existem ainda gigantescos desafios pela frente. E o principal, na sociedade moderna, é o desafio da educação de qualidade, da democratização do conhecimento e do desenvolvimento com respeito ao meio ambiente.</div><div style="text-align: justify;">Ao longo do século 21, todas as formas de distribuição do conhecimento serão ainda mais complexas e rápidas do que hoje.</div><div style="text-align: justify;">Como a tecnologia irá modificar o espaço físico das escolas? Quais serão as ferramentas à disposição dos estudantes? Como será a relação professor-aluno? São questões sem respostas claras.</div><div style="text-align: justify;">Tenho certeza, no entanto, de que a figura-chave será a do educador, o formador do cidadão da era do conhecimento.</div><div style="text-align: justify;">Priorizar a educação implica consolidar valores universais de democracia, de liberdade e de tolerância, garantindo oportunidade para todos. Trata-se de uma construção social, de um pacto pelo futuro, em que o conhecimento é e será o fator decisivo.</div><div style="text-align: justify;">Existe uma relação direta entre a capacidade de uma sociedade processar informações complexas e sua capacidade de produzir inovação e gerar riqueza, qualificando sua relação com as demais nações.</div><div style="text-align: justify;">No presente e no futuro, a geração de riqueza não poderá ser pautada pela visão de curto prazo e pelo consumo desenfreado dos recursos naturais. O uso inteligente da água e das terras agriculturáveis, o respeito ao meio ambiente e o investimento em fontes de energia renováveis devem ser condições intrínsecas do nosso crescimento econômico. O desenvolvimento sustentável será um diferencial na relação do Brasil com o mundo.</div><div style="text-align: justify;">Noventa anos atrás, erramos como governantes e falhamos como nação.</div><div style="text-align: justify;">Estamos fazendo as escolhas certas: o Brasil combina a redução efetiva das desigualdades sociais com sua inserção como uma potência ambiental, econômica e cultural. Um país capaz de escolher seu rumo e de construir seu futuro com o esforço e o talento de todos os seus cidadãos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">DILMA ROUSSEFF é a presidente da República.</div><div style="text-align: justify;"><a name='more'></a></div><div style="text-align: justify;">Fonte: O jornal <strong><a href="http://www.folha.uol.com.br/" onclick="javascript:pageTracker._trackPageview('/outgoing/www.folha.uol.com.br/');">Folha de S. Paulo</a></strong>, em sua edição deste domingo (20/2), traz artigo da presidente Dilma Rousseff sob o título “País do conhecimento, potência ambiental”. Publicado na página 3 da “Tendências/Debates”</div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-34388054485466707332011-02-19T17:53:00.000-08:002011-02-19T17:53:51.251-08:00Nós não somos o Afeganistão - Marta Suplicy<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIZESGwAKlMfqBurb07kzprIV4NaJH4cyuCzAOuy-3TictiDvXIB-t3oXFhtFhwXVYUsbLhugj3uBxp12Sc8o6akYsscP0E-oDxUMONyhxIr1QA0bjszv8qhN0_gmTUOLa7LzkCY3oczc/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="160" j6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIZESGwAKlMfqBurb07kzprIV4NaJH4cyuCzAOuy-3TictiDvXIB-t3oXFhtFhwXVYUsbLhugj3uBxp12Sc8o6akYsscP0E-oDxUMONyhxIr1QA0bjszv8qhN0_gmTUOLa7LzkCY3oczc/s200/images.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">BRASÍLIA - Vice-presidente do Senado, Marta Suplicy (PT-SP) não para. Ao mesmo tempo em que cobra a fixação de um quadro na parede de seu gabinete, herdado de Aloizio Mercadante, ela acompanha o tititi em busca de nomes para disputas eleitorais e frequenta as reuniões das comissões de Constituição e Justiça e Direitos Humanos. Apesar de satisfeita na nova atividade, porém, garante não ter feito acordo com Mercadante, hoje ministro de Ciência e Tecnologia, para que ele seja o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, em 2012. </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em>"Não se trancam portas em política", afirma Marta, sem pestanejar. "Só faz isso quem é mentiroso, quem não pretende cumprir a promessa."</em></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Psicóloga conhecida por dizer tudo o que pensa "na lata", a senadora também tem a mesma resposta na ponta da língua quando questionada se o governo paulista está no seu horizonte, na eleição de 2014. Nem mesmo os movimentos do prefeito Gilberto Kassab (DEM), que negocia sua ida para o PSB, de olho no Palácio dos Bandeirantes, fazem Marta especular sobre uma possível candidatura pelo PT. "Só se eu fosse vidente para saber", desconversa. Mas, em relação à disputa presidencial de 2014, ela arrisca uma previsão. "É Dilma, não tem nenhuma dúvida", diz, numa referência a Dilma Rousseff.</div><div style="text-align: justify;">Defensora de causas polêmicas, Marta tem três frentes de batalha à vista: o projeto de lei contra a homofobia, a descriminalização do aborto e o casamento gay. Na sua avaliação, a campanha presidencial do ano passado foi "um retrocesso" quando tratou do aborto. "A discussão não levou a nada. Foi ruim para os dois candidatos, um desastre", diz, numa referência a Dilma e a José Serra (PSDB).</div><div style="text-align: justify;">Para a senadora, no entanto, Dilma foi "até o limite de onde poderia ir, sendo do PT". Ao mencionar as discussões em torno união civil entre homossexuais, no entanto, ela não poupa os seus pares: "O Legislativo se apequenou nesses anos, ignorando o que a sociedade já aceita".</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>O projeto de lei contra a homofobia já tem as assinaturas suficientes. É possível aprová-lo numa casa tão conservadora como o Senado?</strong></div><div style="text-align: justify;">O projeto contra a homofobia está pronto, maduro para ser votado e conta com uma compreensão e respaldo maior porque a sociedade quer ser mais civilizada. Esse último episódio de agressão, que ocorreu na Avenida Paulista, deixou as pessoas extremamente indignadas. Foram ações homofóbicas violentíssimas. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Na vice-presidência do Senado a sra. terá de fazer parceria com José Sarney, que o PT já tentou tirar do comando da Casa. Não é uma contradição com a história do PT se aliar a Sarney?</strong></div><div style="text-align: justify;">Eu espero ser uma boa aliada. Se transformações podem vir a ocorrer nessa Casa, dependem dele. E ele tem essa percepção e trabalharemos em conjunto para isso.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>A sra. vai trabalhar pela aprovação da união civil entre pessoas do mesmo sexo e pela defesa da descriminalização do aborto?</strong></div><div style="text-align: justify;">São dois temas pelos quais eu trabalhei a vida inteira. Sempre tive um olhar para esse segmento. Temos de pensar que o Brasil teve um retrocesso, nesses últimos anos, em relação às duas questões. Mais visivelmente em relação à união civil para os homossexuais e mais midiaticamente na questão do aborto na campanha. No caso da parceria civil houve avanços gigantescos no Judiciário e no Executivo. Quem se acanhou foi o Legislativo, que se apequenou nesses anos, ignorando o que a sociedade já aceita.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Como a sra. avalia a forma como o tema aborto foi tratada na campanha da então candidata Dilma Rousseff?</strong></div><div style="text-align: justify;">A manipulação eleitoral da questão foi extremamente nociva para as duas candidaturas (Dilma Rousseff e José Serra). E, para as mulheres, mais ainda. A discussão não levou a nada, além de uma visão conservadora, que dificulta os caminhos de retomada da serenidade com a qual o assunto precisa ser tratado. Foi ruim para os dois candidatos, um desastre.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Só que em 2007 ela chegou a defender a descriminalização do aborto...</strong></div><div style="text-align: justify;">A Dilma foi até o limite de onde poderia ir, sendo do PT. Ela se comprometeu a não enviar projeto de lei ao Congresso. A campanha foi odiosa, de retrocesso. O próprio Serra disse coisas que duvido que diga particularmente. Foi muito desagradável tudo o que ocorreu. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Como contornar a oposição da Igreja Católica e dos evangélicos em relação a esse tema?</strong></div><div style="text-align: justify;">Vamos ter conversas, com respeito, mas esse tema tem que avançar. Nós não somos o Afeganistão. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Mas na sua campanha à Prefeitura, em 2008, um programa de TV causou polêmica ao perguntar o estado civil do prefeito Gilberto Kassab e se ele tinha filhos. Em eleição vale tudo?</strong></div><div style="text-align: justify;">Foi um erro crasso do João Santana (publicitário da campanha), que assumiu. Eu só soube depois que o programa foi ao ar. Eu não tinha visto. Fiquei dois dias chorando. Quando eu vi aquilo, falei: "Vocês ficaram loucos?"</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>A sra. é a favor da descriminalização das drogas?</strong></div><div style="text-align: justify;">Já fui mais. Hoje tenho de retomar os estudos a respeito.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Por quê?</strong></div><div style="text-align: justify;">Eu tinha muitas certezas nessa área, mas hoje tenho muitas indagações. Há uma vertente relacionada ao aumento da violência e, hoje, tenho preocupação com a maconha.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>A sra. não teme ficar carimbada como uma senadora de duas causas só?</strong></div><div style="text-align: justify;">Temo, sim, e por isso não estou gostando do caminho dessa entrevista. Ao mesmo tempo, porém, não posso abandonar bandeiras de uma vida. Isso começou no meu consultório, como psicóloga, foi para o TV Mulher e assim por diante. Sempre tive um olhar voltado para a discriminação. Agora, outro dia expus a minha proposta de reforma constitucional em relação às grandes metrópoles.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Qual é a proposta?</strong></div><div style="text-align: justify;">Hoje, as regiões metropolitanas estão abandonadas à própria sorte. São os lugares de maior índice de violência e problemas de urbanização, como enchentes. Não há como combater a violência e melhorar o transporte em São Paulo, por exemplo, se você não tiver uma relação com todas as cidades vizinhas. Mas não há instrumento para isso. Então, precisamos ir além dos consórcios e das agências, que não têm orçamento próprio. Devemos pensar em um novo ente federativo, que seria a região, para planejar o desenvolvimento. Essa vai ser uma prioridade minha, além da reforma política e da reforma administrativa do Senado.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>No ano passado houve várias denúncias no Senado a partir da revelação dos atos secretos. Que reforma a sra. defende?</strong></div><div style="text-align: justify;">Cheguei há pouco tempo e ainda estou estudando. Mas vou entrar em todas essas questões. Há sempre resistência quando se vai cortar, mas tive uma impressão muito positiva sobre a primeira reunião a esse respeito. Uma das propostas é a de acabar com contratos de emergência.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>A sra. fez um acordo com Aloízio Mercadante, hoje ministro, pelo qual ele seria candidato à Prefeitura de São Paulo, em 2012, em troca de não disputar a reeleição ao Senado?</strong></div><div style="text-align: justify;">Não. Não foi feito nenhum acordo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Então, a sra. pode concorrer à Prefeitura?</strong></div><div style="text-align: justify;">Eu não tenho nenhuma intenção nessa disputa. Estou bem aqui, o Senado é uma Casa onde você pode desenvolver projetos extremamente importantes, mas não se faz acordo com tanta antecedência sobre nada. Tivemos essa conversa. Não sei qual é a expectativa dele (Mercadante), mas eu disse o que penso. Não se trancam portas em política. Só faz isso quem é mentiroso e não pretende cumprir a promessa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Quem é o seu candidato ao governo paulista, em 2014? Marta Suplicy?</strong></div><div style="text-align: justify;">Com quase quatro anos de antecedência, só se eu fosse vidente para saber. Mesmo assim, com 50% de chance de errar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>E qual sua aposta para a Presidência, também em 2014: Dilma ou Lula?</strong></div><div style="text-align: justify;">É Dilma. Não tem nenhuma dúvida.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Por que a sra não conseguiu se reeleger depois de ser prefeita por quatro anos? Qual foi o seu maior erro?</strong></div><div style="text-align: justify;">A melhor explicação veio do Lula. Ele disse: "Você trabalhou com prioridade para os pobres." Eu acho que esse foi um dos motivos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>O que a sra. não faria novamente?</strong></div><div style="text-align: justify;">De ações concretas eu faria o que eu fiz. Mas tenho, sim, uma crítica a mim. Acredito que quis fazer muita coisa em pouco tempo, com uma situação caótica e uma dívida gigantesca. Não dá para fazer ao mesmo tempo a revalorização da planta genérica do imóvel, aumentar o IPTU e fazer imposto progressivo, mesmo isentando 1 milhão de pessoas. Aí, quando foi criada a taxa do lixo, a oposição soube trabalhar muito bem. Foi uma enorme aprendizagem. Não dá para fazer uma revolução em quatro anos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>A separação do senador Eduardo Suplicy teve algum impacto na sua vida política?</strong></div><div style="text-align: justify;">Nas pesquisas que fizemos, as pessoas diziam: "Cada um tem sua vida, a vida particular é dela e, se ela trabalhar bem, não temos nada a ver com isso." Mas eu sinto que teve (impacto), mais do que apareceu nas pesquisas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>E hoje, como é o seu relacionamento com ele?</strong></div><div style="text-align: justify;">É bom, é ótimo. Nós temos três filhos, cinco netos e nos damos bem, super civilizadamente.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Mas outro dia a sra. cortou o som do microfone dele no plenário...</strong></div><div style="text-align: justify;">Ser vice-presidente do Senado e regular o tempo é um processo de aprendizagem. Estou tentando ser equânime, gentil, mas, ao mesmo tempo, permitir a mais senadores a palavra. E isso você só faz se interromper algumas falas que se prolongam mais do que o dobro.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Dizem que a sra. é muito mandona. Corrigiu até o senador Sarney e pediu questão de ordem para lembrar que Dilma deveria ser chamada de "presidenta", e não de "presidente". Há alguma semelhança em seu estilo com o de Dilma, que também tem essa fama?</strong></div><div style="text-align: justify;">Ai, meu Deus! (risos). Olha, quanto ao senador Sarney, eu me penitencio pelo que fiz. Não fiquei satisfeita comigo. Eu queria ter falado do simbolismo de Dilma ter escolhido a letra "a" para presidente. Mas deveria ter falado pessoalmente.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Mulheres no poder têm de ser duras para obter reconhecimento?</strong></div><div style="text-align: justify;">Não acho que tenha a ver com ser mulher. Isso tem a ver com personalidade. São personalidades mais decididas, mais fortes, que acabam sendo rotuladas de mais autoritárias porque são mulheres. Se não fossem mulheres, não seriam nomeadas assim.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fonte: Vera Rosa, de O Estado de S.Paulo - 19 de fevereiro de 2011</div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-67537379159679469612011-02-18T14:06:00.000-08:002011-02-18T14:06:02.276-08:00Pelo fim das calouradas machistas!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglY4e5EScxb5xSsyTI_E-oKIS80-v3KTD4a7NR33O0sVAo7kqsMyTJpdRf8c4XmeUbailLavXH3FI2aPcIrj5yBObnCF-l8VjiwpYS9ccAabUuuQ99QLOGbis33ACNFYYKXXNPvns3jZQ/s1600/OgAAACU_LIKn7j6ho3nbUTWLTByIPgFN5c5NOj85XXudwKXvRl0AyIw7ZA8U5r14rpAu9iZAIr5KCPfKzNuFgtoCG7wAm1T1UOtIxLU6QRAoQwqctJfBXR_9B-_h_bigger.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" j6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglY4e5EScxb5xSsyTI_E-oKIS80-v3KTD4a7NR33O0sVAo7kqsMyTJpdRf8c4XmeUbailLavXH3FI2aPcIrj5yBObnCF-l8VjiwpYS9ccAabUuuQ99QLOGbis33ACNFYYKXXNPvns3jZQ/s1600/OgAAACU_LIKn7j6ho3nbUTWLTByIPgFN5c5NOj85XXudwKXvRl0AyIw7ZA8U5r14rpAu9iZAIr5KCPfKzNuFgtoCG7wAm1T1UOtIxLU6QRAoQwqctJfBXR_9B-_h_bigger.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;">Inicia-se agora mais um período letivo na maioria das universidades do país e conjuntamente com a volta ás aulas, as entidades estudantis presentes nas diversas universidades e cursos, começam a planejar a tão esperada recepção de calouros.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Trata-se de um momento que deve servir para integração entre veteranos e calouros, para que os novatos na universidade se sintam a vontade entre os outros estudantes. Shows, cervejadas, palestras, passagens em sala, visitas pelo campus, festas e trotes solidários como doação de alimentos e de sangue, estão inclusos nas atividades preparadas para recepcionar os novos estudantes.</div><div style="text-align: justify;">Acontece que esse, que poderia e deveria ser um momento de transformação e integração, torna-se muitas vezes, mais um espaço de perpetuação do machismo presente na sociedade. Mulheres são humilhadas em trotes violentos e opressores, cartazes que expõe mulheres semi-nuas mercantilizam o corpo feminino e ainda reafirmam o padrão de beleza imposto pela grande mídia.</div><div style="text-align: justify;">O combate ás calouradas machistas deve ser uma luta de entidades estudantis, mulheres e homens que querem fazer da universidade um espaço emancipador e transformador, que acreditam que a educação deva servir à extinção de todas as opressões da sociedade.</div><div style="text-align: justify;">As entidades estudantis devem protagonizar o combate ao machismo, realizando festas que promovam a real integração entre os estudantes, seminários que incorporem o debate de gênero e lutem por uma educação emancipadora, livre de opressões! </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por Camila Moreno - ex Vice Presidente da UBES</div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-76430621999221846532011-02-17T10:13:00.001-08:002011-02-17T10:13:53.710-08:00O direito ao transporte: uma luta justa da juventude<div style="text-align: justify;">Por Gabriel Medina*</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Diante da utilização de um serviço público para acumulação privada, estudantes brasileiros vão às ruas protestar contra aumentos nas tarifas de ônibus urbanos. O transporte público precisa ir ao centro das políticas públicas de juventude.</div><div style="text-align: justify;">A mobilidade é um direito de todo cidadão e de toda cidadã e o transporte público é um dos principais instrumentos para que seja assegurado esse direito. A Constituição Brasileira ― Artigo 30, Inciso V ― delega ao Município a responsabilidade de organizar e prestar serviços públicos de interesse local, e explicita o transporte coletivo reforçando seu caráter de essencialidade.</div><div style="text-align: justify;">Os jovens, em especial, compreendem o papel fundamental do transporte coletivo em suas rotinas. Diante da realidade de dependência financeira, dos desafios em busca de trabalho e formação educacional, o transporte público é a principal opção para locomoção da juventude em todo o país, sobretudo nos grandes centros. A juventude acaba se tornando refém da centralização dos equipamentos públicos e de acesso às produções culturais, artísticas e esportivas e convive com o isolamento territorial, principalmente os habitantes de periferias, ou mesmo jovens das áreas rurais do Brasil.</div><div style="text-align: justify;">A concessão do serviço de transporte às empresas privadas tem contribuído para aumentar a mercantilização da vida. A juventude é alvo de um modelo perverso que a enxerga apenas como mercado consumidor e não como sujeito de direitos. Neste modelo, o lucro é o orientador, em detrimento do bem estar social.</div><div style="text-align: justify;">A garantia do transporte público como direito precisa ser retomada em sua totalidade. Os governos Federal, Estaduais e Municipais devem assumir solidariamente a responsabilidade de construir um sistema que permita deslocamento digno e seguro para as populações das cidades e do campo, como também alocar recursos necessários à autonomia e inclusão das pessoas com deficiência como usuárias do sistema público de transporte.</div><div style="text-align: justify;">Cabe chamar a atenção para a necessidade da realização dos Planos Diretores Participativos nos Estados, nos Municípios e na União, que devem impulsionar um planejamento responsável pautado nos interesses públicos e na sustentabilidade ambiental. É comum encontrar administrações municipais e estaduais, sustentadas em uma visão atrasada de modernidade dos anos 70, desenvolverem uma política de mobilidade urbana baseada no transporte individual em detrimento do transporte coletivo. Esse modelo é o principal responsável pelo caos do trânsito instaurado nas grandes cidades brasileiras. Certamente, isso será refletido em projetos futuros, como por exemplo, com a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas.</div><div style="text-align: justify;">A luta pelo não aumento das tarifas, encampada pela juventude em grandes cidades do país é, portanto uma luta justa. São muitas as cidades onde há sinais de mobilização da juventude pela redução dos preços das tarifas e/ou pelo passe livre. Em São Paulo ― apenas para citar uma das muitas capitais brasileiras em jornada permanente de mobilizações ― os/as jovens conversaram com a população, promoveram debates, tomaram as ruas e enfrentaram a dura e inaceitável repressão policial.</div><div style="text-align: justify;">Esses/as jovens estão organizados não só nas capitais, mas nas principais cidades em todos os Estados. Dizem NÃO à ânsia pelo lucro das concessões privadas e reafirmam a condição humana de se indignar com as injustiças e lutar por seus direitos. O Movimento Passe Livre, a Revolta do Buzu e todas as manifestações que honram o calendário dos primeiros meses do ano são uma parte da resposta aos céticos que pregam a apatia da juventude e erroneamente tentam comparar nosso tempo a décadas passadas.</div><div style="text-align: justify;">A juventude exige participação efetiva no desenvolvimento nacional, revindica avanços, luta contra retrocessos e busca a construção de um mundo voltado para as pessoas, onde haja qualidade de vida e oportunidade para todos e para todas. A mobilização pelo direito ao transporte, pelo acesso à cidade é a reatualização das lutas juvenis. É a expressão da luta contemporânea da juventude brasileira que está ativa, atenta e mobilizada na defesa dos seus direitos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">* Gabriel Medina é presidente do Conselho Nacional de Juventude</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-81118594014057461432011-02-15T13:48:00.000-08:002011-02-15T13:48:29.674-08:00Severine Macedo é a Secretária Nacional de Juventude do Governo Dilma<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkWloj5TGAnIG8I1Nbfbj2IQsOwKnhQsu4Nww0HYXCPzCbF4F2cRCdYugmzDZO5ybqEoj8tExIDqANUf5xHLim3RbOdwfZR0Lh_9E4ePWHwacsdMD6w9J4hREiUFw_OEfnGzbfDACjro0/s1600/sevedilma.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkWloj5TGAnIG8I1Nbfbj2IQsOwKnhQsu4Nww0HYXCPzCbF4F2cRCdYugmzDZO5ybqEoj8tExIDqANUf5xHLim3RbOdwfZR0Lh_9E4ePWHwacsdMD6w9J4hREiUFw_OEfnGzbfDACjro0/s320/sevedilma.jpg" width="280" /></a></div>A Secretária Nacional de Juventude do PT, Severine Macedo, foi confirmada pelo Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para assumir a Secretaria Nacional de Juventude, responsável por coordenar a Política Nacional de Juventude no país.<br />
<br />
Severine tem 28 anos e é oriunda da agricultura familiar. Foi coordenadora de juventude da Fetraf-Sul/CUT e da Fetraf-Brasil, e integrante do Conselho Nacional de Juventude da Presidência da República de 2005 até 2010.<br />
Em 2008, foi eleita Secretária Nacional de Juventude do PT no I Congresso Nacional da JPT, cargo que ocupa até os dias atuais e a fez coordenadora da campanha de juventude Dilma Presidente.<br />
A Política Nacional de Juventude foi instituída no Governo Lula, em 2005, pela lei 11129/2005, que criou a Secretaria Nacional de Juventude e o Conselho Nacional de Juventude, vinculados à Secretaria-Geral da Presidência da República.<br />
<br />
Fonte: <a href="http://www.jpt.org.br/">http://www.jpt.org.br/</a>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-3496266652577675872011-02-09T10:34:00.000-08:002011-02-09T10:38:21.515-08:00PSDB fala de jovens, mas quem faz a opção é a própria juventude!<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia5C64sRakKbmkkLL1CF93UTWVOIcCgxqo3csgROrPa9HsYnTYoEHzdA5wzzNR1vYrPus_y8gP6qfWRLK0QEUJFpbx6ZyC7U84uHub7cMUyAFogtZxK_giH0n8-cWZf0a5AkiTgcWPiw8/s1600/DSCI0628h.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia5C64sRakKbmkkLL1CF93UTWVOIcCgxqo3csgROrPa9HsYnTYoEHzdA5wzzNR1vYrPus_y8gP6qfWRLK0QEUJFpbx6ZyC7U84uHub7cMUyAFogtZxK_giH0n8-cWZf0a5AkiTgcWPiw8/s200/DSCI0628h.JPG" width="117" /></a></div><div style="text-align: justify;">É natural que os tucanos façam o papel de "resgate" da juventude, uma vez que<strong> não</strong> foi tema prioritário em 8 anos de mandato demo-tucano. </div><div style="text-align: justify;">Contudo, se esqueceram de declarar, em rede nacional, que a Secretária Nacional de Juventude vínculada à Presidência da República foi criada no governo Lula, bem como o Conjuve - Conselho Nacional de Juventude.</div><div style="text-align: justify;">E foi no governo do PT que foi realizada a I Conferência Nacional de Politicas Publicas de Juventude.<br />
Os tucanos não dizem que durante a Conferência Nacional, enquanto nós jovens comprometidos com a construção política de fato trabalhávamos, enquanto os poucos jovens tucanos inscritos estavam preocupados em fazer reuniões paralelas ou mesmo tentavam tumultuar os debates e as votações das propostas discutidas pela juventude que de fato estava interessada na construção.<br />
Lembrando que a resolução final da Conferência contou com a participação de 2000 jovens brasileiros e todo o processo de organização e realização da Conferência, que vai desde as conferências municipais, regionais até a nacional, contou com a participação de 400 mil jovens de nosso país.<br />
Enfim, asim como faz parte do processo tucano não construir políticas públicas que de fato atendam a necessidade da nossa juventude, também faz parte não construirem meios para que o debate se fortaleça. </div><div style="text-align: justify;">As campanhas publicitárias tucanas são atrativas, porém é lastimável que não saibam construir igualdade e oportunidades em nossa sociedade.<br />
A única política que os tucanos sabem construir é PFHC "Politica de Fragmentação e Humilhação da Sociedade".<br />
Esse ano teremos a II Conferência Nacional de PPJs, e esperamos a participação de mais jovens, pois o espaço é criado para construção coletiva, somente não participa quem quer se insentar das responsábilidades.<br />
Quem tiver alguma dúvida sobre os programas de desenvolvimento para os jovens criado no Governo do PT, basta clicar em <a href="http://www.juventude.gov.br./">http://www.juventude.gov.br./</a></div><div style="text-align: justify;">Vale a pena pesquisar e comparar todo o histórico da (já) era FHC e pós-FHC.<br />
<br />
Rumo a II Conferência Nacional de Politicas Públicas para a Juventude!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Texto de <strong>Amanda Pacífico -</strong> Diretora do Sindicato dos Metalurgicos de Taubaté e Região e militante da Juventude da CUT </div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-55722257860287519222011-02-09T09:23:00.000-08:002011-02-09T09:23:10.706-08:00FSM Dacar: Lula na TV Carta Maior<div style="text-align: justify;"><strong>O ex-presidente do Brasil afirmou que a única solução para garantir a paz no mundo é a democracia e a distribuição de renda. Valorizou o espaço do Fórum Social Mundial para aprimorar a participação e que estará na próxima edição.</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sempre cercado por admiradores e amigos, Luís Inácio Lula da Silva foi recebido com carinho e ansiedade pelos participantes do Fórum Social Mundial, em Dacar (Senegal).</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Lula participou de mesa de debate, conversou com chefes de Estado e na saída concedeu uma entrevista à TV Carta Maior.</div><div style="text-align: justify;">O ex-presidente do Brasil comentou a situação nos países árabes. Ao defender um diálogo internacional de rearranjo de poder nas esferas de decisões políticas e econômicas multilaterais, Lula afirmou que a única solução para garantir a paz no mundo é a democracia e a distribuição de renda. “Eu acho que o mundo vai ter que avançar nisso”. </div><div style="text-align: justify;">Valorizou o espaço do Fórum Social Mundial para aprimorar a participação e que estará na próxima edição. Nesse sentido, afirmou que sua participação pode ser como assistente, militante, companheiro, mas estará no próximo também. Confira a íntegra da entrevista:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/kgkrQvnWASM" title="YouTube video player" width="480"></iframe></div><div style="text-align: justify;"><br />
Fonte: PT - SP</div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-30904999749205274892011-02-07T09:15:00.000-08:002011-02-07T09:15:09.991-08:00Comemorações marcam centenário de Lélia Abramo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.pt-sp.org.br/"><img border="0" h5="true" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmfp4Aaa7ri7axDLjPlg4L9IhjphHu9nB5F2UTAbAprDVzBEfZXUA-3NCfDtFju7MvfflJHOxKiwSbmAxNp9JAGJhmZERRJH4O8rwPF2A2eI3FQS1UWdAmKX74VntgW1cXm0FVHAk87rw/s320/322011180907.jpg" width="320" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;">A Fundação Nacional de Artes - Funarte convida para a comemoração do Centenário Lélia Abramo, dia 8 de fevereiro, terça-feira, a partir das 19:00h no Teatro de Arena Eugênio Kusnet, em São Paulo.</div><div style="text-align: justify;">Neste dia, a homenagem contará com a presença de artistas amigos da atriz Lélia que farão a leitura dramática da poesia de Maiakovski e leitura de trechos do livro "Vida e Arte - Memórias de Lélia Abramo", a música "Bella Ciao", cantada pelo Coro Martin Luther King, um vídeo com imagens selecionadas e a dramaturgia do Núcleo 184, que apresentará fragmento da peça "Rosa Vermelha", além de breves depoimentos de amigos e familiares.</div><div style="text-align: justify;">A comemoração pretende marcar o início das homenagens à Lélia Abramo, com destaque para sua trajetória como artista, militante política e mulher comprometida com o melhor das artes.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mais informações sobre a homenagem, contatar Fábio Abramo (fone 11-7504 4861) ou Tadeu di Pietro (11-9943 7713 / 8278 5577).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Centenário Lélia Abramo</div><div style="text-align: justify;">8 de fevereiro de 2011 – terça, a partir das 19:00h</div><div style="text-align: justify;">Teatro de Arena Eugênio Kusnet</div><div style="text-align: justify;">Rua Dr. Teodoro Baima, 94 – República</div><div style="text-align: justify;">Telefone: (11) 3256-9463</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Fonte: <a href="http://www.pt-sp.org.br/">http://www.pt-sp.org.br/</a> </div><div style="text-align: justify;">Por Editora Fundação Perseu Abramo </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-63638694598682568752011-02-07T08:48:00.000-08:002011-02-07T08:48:25.205-08:00Foi dada a largada para a 2ª Conferência Nacional de Juventude<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIHIdDT2Rnm34Q6hr9aRZxE-Z8-Gs73QPAk0GcmMgyU6XK9MyZ93NvdCJD1M3cpRIgrgED4HfkQ4GnCrBs4GBcXnFlKMEXMX4dDT5GkCrRDMUAuPUsLRnr10FtZNcqFreAO8rILmLz4lc/s1600/GabrielMedina-e1292509181839.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" h5="true" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIHIdDT2Rnm34Q6hr9aRZxE-Z8-Gs73QPAk0GcmMgyU6XK9MyZ93NvdCJD1M3cpRIgrgED4HfkQ4GnCrBs4GBcXnFlKMEXMX4dDT5GkCrRDMUAuPUsLRnr10FtZNcqFreAO8rILmLz4lc/s320/GabrielMedina-e1292509181839.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O ano de 2011 inaugura um novo ciclo político no Brasil. As eleições de 2010 renovaram a composição do Congresso Nacional, (re) elegeram novos/as Governadores/as e conduziu Dilma Roussef como a primeira Presidenta da República do Brasil.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">A Presidenta Dilma assumiu o compromisso de avançar o projeto político iniciado por Lula. Porém, temos consciência de que as mudanças e o aprofundamento das transformações sociais e políticas no Brasil dependem da capacidade de organização e da pressão do movimento social. </div><div style="text-align: justify;">O desafio da juventude se torna muito grande nesse contexto. Vivenciamos uma série de conquistas com a construção da Política Nacional de Juventude (Lei 11.129/2005), com a criação da Secretaria Nacional de Juventude, do Conselho Nacional de Juventude, da execução do PROJOVEM e de políticas universais em várias áreas. No entanto, é preciso afirmar que as pautas da juventude ficaram fora do debate eleitoral e, ao que parece, é um tema periférico neste início de Governo. Muito se fez com Lula e, mesmo assim, estamos muito distante das expectativas dos/as jovens brasileiros/as.</div><div style="text-align: justify;">Nos últimos anos, muitos foram os avanços no tema com a criação de conselhos e órgãos de gestão em inúmeros municípios e Estados brasileiros; com a aprovação da Emenda Constitucional 65 que introduziu a terminologia “Juventude” na Constituição Federal; com a realização de três edições do Encontro Nacional de Conselhos e; com a organização do Pacto da Juventude subscrito por inúmeros candidatos em todo o Brasil.</div><div style="text-align: justify;">O ano de 2010 foi marcado pela maior população jovem de nossa história: 51 milhões. Nas próximas três décadas o Brasil viverá o chamado bônus demográfico, período que teremos uma população economicamente ativa maior do que a dependente, que atingirá seu pico no ano de 2022. Esta, sem dúvida, é uma das maiores oportunidades já vividas pelo país, somada ao bom momento político e econômico do Brasil com aumento dos empregos formais, diminuição da desigualdade social e a possibilidade de consolidação do processo democrático. Por isso, o Brasil está diante de uma oportunidade única e o lugar que assumirá a juventude neste processo é uma questão central para projetar uma sociedade justa, desenvolvida e que assegure qualidade de vida aos seus cidadãos.</div><div style="text-align: justify;">Portanto, a realização da 2ª Conferência Nacional de Juventude, convocada por Decreto Presidencial no dia 12 de Agosto de 2010, com previsão de realização no ano de 2011, ganha centralidade na agenda política das juventudes. Estas precisam afirmar o seu direito de participar como sujeito estratégico do projeto de desenvolvimento do Brasil.</div><div style="text-align: justify;">Na gestão de Lula, o Governo Federal desenvolveu o Plano Brasil 2022. A proposta traz uma reflexão sobre o futuro do país, fixando metas para 2022, ano que o Brasil comemora o bicentenário de sua independência. Coordenado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), com representantes de todos os Ministérios, as Casa Civil e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) o plano foi dividido em setores: Economia, Sociedade, Infraestrutura e Estado. O Plano constrói um balanço de cada setor e apontou metas e ações para os próximos anos no mundo, na América do Sul, no Brasil e também sinalizou metas para os próximos 100 anos para o país. A juventude deve ser se debruçar sobre este documento e, em uma perspectiva geracional, apresentar ao Governo suas expectativas para o presente e futuro</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>Um salto necessário</strong></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A 1ª Conferência de Juventude foi um marco importante para o Brasil. Mais de 400 mil jovens participaram de um processo inovador, que se tornou referência para a democracia participativa brasileira. Como exemplo, citamos a realização de Conferências Livres em todo o território nacional. Naquele momento o lema da Conferência foi “Levante sua Bandeira”. Foi a oportunidade de os/as jovens apresentarem à sociedade brasileira seus anseios e demandas.</div><div style="text-align: justify;">A 2ª Conferência Nacional de Juventude precisa dar um salto de qualidade, que amplie sua capilaridade e contribua para que a juventude opine sobre os grandes temas do país. Chegou a hora de afirmar quais são as políticas prioritárias do Governo Dilma, sugerir metas, prazos e como implementá-las com participação ativa da juventude. Para tanto, será preciso uma Secretaria Nacional de Juventude mais vigorosa, que consiga de fato assegurar a transversalidade de políticas universais que atendam a juventude no conjunto dos Ministérios de forma integrada, desenvolvendo sua capacidade de coordenar programas específicos inovadores.</div><div style="text-align: justify;">A 2ª Conferência precisa deliberar de maneira decisiva a necessidade de avançarmos nos marcos legais da juventude e, portanto, fazer avançar as leis que tramitam no Congresso, como o Plano Nacional de Juventude e o Estatuto da Juventude. Nesse sentido, a definição sobre quais são os direitos da juventude, quais são as políticas e programas prioritárias para garanti-los e qual é o modelo de gestão devemos ter para executá-los, devem constituir as questões provocadoras para a elaboração do texto base que circulará pelo Brasil para a discussão.</div><div style="text-align: justify;">A nova proposta de regimento da 2ª Conferência Nacional de Juventude apresentado pelo CONJUVE busca defender aspectos positivos da 1ª Conferência, como as Conferências Livres e criar novos mecanismos que ampliem a participação com a organização de um sistema que permita a participação virtual pela internet e as Conferências Territoriais, no âmbito dos Territórios da Cidadania, que permitirão maior participação dos/as jovens rurais, quilombolas, ribeirinhos e indígenas.</div><div style="text-align: justify;">Por fim, a 2ª Conferência deve disparar uma discussão nos movimentos, organizações, redes e fóruns de juventude para a construção de uma pauta unificada da juventude que ajude a consolidar um calendário de lutas para o próximo ano. Sem luta social organizada, sem pressão política, dificilmente avançará a Política Nacional de Juventude.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Texto de Gabriel Medina</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">*Gabriel Medina é presidente do Conselho Nacional de Juventude</div><br />
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Twitter: GabrielConjuveSilvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-31885292675814402312010-12-06T08:37:00.000-08:002010-12-06T08:37:10.677-08:00UM PAÍS MAIS HUMANO<div style="text-align: justify;">Nossa população cresceu 12,3% nos últimos dez anos, segundo o censo do IBGE. Chegamos a 190,7 milhões de brasileiros, distribuídos ao longo de um território continental, rico, fértil, dadivoso e que apresenta uma estrutura social mais equânime e menos injusta depois dos dois mandatos vitoriosos do presidente Lula.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Descobrimos através do censo de 2010 que houve um crescimento impressionante de nossa população urbana, que agora chega a robustos 84,53%. O Brasil rural, hoje um exemplo de trabalho e produtividade, todavia, tem bem menos gente. Nossas grandes capitais já são metrópoles, com todas as qualidades e todas as mazelas que isso acarreta.</div><div style="text-align: justify;">Já sabemos que as mulheres são maioria, algo como quase 4 milhões a mais que os homens. Nada mal para um país que em menos de um mês será governado pela sua primeira presidenta, a companheira Dilma Rousseff. </div><div style="text-align: justify;">Em uma década algumas cidades apresentaram crescimento notável. E o melhor é que as campeãs de desenvolvimento estão fora do “sul maravilha” ou das regiões mais desenvolvidas. É uma notícia espetacular! Durante a “Era Lula” Palmas (TO) cresceu 66,21%; Boa Vista (RR) alcançou os 41,73%; Macapá (AP), 40,45%; Rio Branco (AC), 32,69%; Manaus (AM), 28,22%; Porto Velho (RO), 27,46%. As populações cresceram, permaneceram em suas cidades por terem mais trabalho, mais oportunidades, melhor condição de vida, melhor saúde e educação de qualidade. O brasileiro ficou mais em sua terra natal, junto de suas raízes e dos que lhe são caros aos sentimentos, por não ter mais que se aventurar no eixo São Paulo/Rio de Janeiro ou nos Estados mais desenvolvidos do sudeste e do sul. Prova disso é que as capitais mais desenvolvidas tiveram menor crescimento, como Curitiba (a que mais cresceu no Sul e Sudeste) com 10,5%, enquanto São Paulo teve apenas 7,76%.</div><div style="text-align: justify;">Temos 67,6 milhões de domicílios, dos quais 6,1 milhões estão vazios. Isso demonstra, na justa medida, que a questão habitacional está equacionada, especialmente depois dos programas sociais do governo Lula, como o “Minha Casa, Minha Vida”. Em dez anos atingimos o número de 3,3 moradores por domicílio contra os anteriores 3,75. Portanto, há mais gente no país com casa própria. </div><div style="text-align: justify;">Um número, particularmente, despertou a atenção e encheu-me de alegria: estamos com expectativa de vida maior, o que denota melhor qualidade de vida, especialmente para os mais idosos. Temos 23.760 pessoas com mais de 100 anos de idade! E desses abençoados brasileiros exatos 3.525 vivem na Bahia, a terra da felicidade! Deles, uma assume o papel de exemplo de vitalidade, lucidez e amor ao Brasil e seu povo, a querida Dona Canô, mãe de Caetano Velloso e de Maria Bethânia.</div><div style="text-align: justify;">Mulheres e homens que dedicaram suas vidas às suas famílias e ao seu país estão vivendo mais, com melhores condições de subsistência e mais saúde. Não faz tempo, a expectativa de vida do brasileiro era de pouco mais de 60 anos. Um indicador ruim, decorrente de um país subdesenvolvido e com graves problemas estruturais. Hoje a média de vida de nossa população chega aos 73 anos. Haverá de aumentar ainda mais por conta de um país que já desenvolve políticas sociais modernas e responsáveis, mas não deixa de ser um salto muito expressivo e digno de comemoração.</div><a name='more'></a><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Viver mais e melhor, ter cidadãs e cidadãos chegando ao centenário de vida, poder alegrar-se com esse dado humano e generoso, não é obra do acaso, mas de profundas transformações em nossas estruturais sociais, econômicas e políticas. Um país que valoriza os seus idosos e zela pela qualidade de suas vidas, é um país que se dá ao respeito e aposta no que de melhor ele tem: o ser humano. E, também não por acaso, esse salto na longevidade dos brasileiros se dá em uma década em que oito anos foram sob a égide de um presidente humanista, Lula.</div><div style="text-align: justify;">Outro dado que mostra esse país melhor, mais humano e com um grande futuro é o do decrescente desmatamento da Amazônia. Ele é o menor em 23 anos. Houve uma considerável queda na ação dos que desmatam, degradam e saqueiam a floresta e suas riquezas. O ritmo do desmatamento da Amazônia alcançou seu menor nível desde 1988, batendo um novo recorde em relação ao ano de 2009. Foi fruto da ação conjunta do governo federal através do Ministério do Meio Ambiente, dos governos estaduais, da Polícia Federal e dos órgãos responsáveis pela política ambiental. </div><div style="text-align: justify;">No governo de FHC, por exemplo, o desmatamento chegou, em um só ano, a espantosa cifra de 29.059 km², contra os atuais 6.450 km². Ainda é muito, com certeza, pois cada metro quadrado derrubado de forma irregular ou sem a autorização dos organismos competentes, é crime contra o Brasil e a humanidade. O mundo com o qual sonhamos, mais justo e com melhores condições de vida, com crescimento sustentável e respeito ao meio-ambiente, só será possível com a preservação da Amazônia, de suas potencialidades e de seu imenso território.</div><div style="text-align: justify;">Há muito a ser feito. Mas poder dizer que os brasileiros estão com mais casas, estão vivendo muito mais, que não estão deixando suas raízes em busca de oportunidades, que as cidades que mais crescem estão em regiões antes empobrecidas, que se desmata muito menos na Amazônia, é muito bom, gratificante e nos enche de orgulho e confiança no Brasil mais humano, mais justo e mais desenvolvido que o governo do presidente Lula legará a nosso povo e à história.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">(*) Delúbio Soares é professor</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-84127123451772914532010-11-08T08:39:00.000-08:002010-11-08T08:39:02.190-08:00TRAJETÓRIA DA VITÓRIA E PERSPECTIVA PARA O FUTURO<div style="text-align: justify;">A eleição presidencial de 2010 que terminou na última semana, felizmente com a vitória de Dilma Rousseff, foi uma disputa travada não, somente, no período de quatro meses da campanha eleitoral, foi o resultado da disputa entre dois projetos políticos, antagônicos, representados por PT e PSDB. Desde a eleição de FHC, em 1994, o Brasil passou por uma polarização política, que levou ao fortalecimento destes dois partidos e ao enfraquecimento das outras legendas, que se tornaram satélites, ou até mesmo foram engolidas pelas maiores.</div><div style="text-align: justify;">Durante os oito anos do governo FHC/PSDB foi implantado um projeto neoliberal, privatista, de esvaziamento do estado brasileiro, que deixou as forças econômicas controlar a sociedade. O resultado disso foi uma ampliação das desigualdades entre os brasileiros. O PT foi o partido que conseguiu colocar-se como oposição a esse projeto, e que apresentou uma alternativa a este modelo, que pode ser implantada a partir da vitória de Lula em 2002. Durante seus quase oito anos de mandato, Lula/PT fez retroceder a política neoliberal de FHC. Manteve a base econômica da estabilização da moeda, mas redirecionou o esforço do Estado para dentro do país. Fortaleceu o mercado interno e diversificou as parcerias econômicas do Brasil. Isso possibilitou o aporte de novos recursos para o orçamento brasileiro, e o Governo Lula não hesitou em combater as desigualdades sociais. Programas de transferência de renda iniciaram a inclusão de uma significativa parcela da população na roda da economia, fortalecendo, ainda mais, o mercado interno, gerando empregos no país.</div><div style="text-align: justify;">O final do Governo Lula se aproximou e sua sucessão tornou-se uma “encruzilhada” para o Brasil. Ou optava-se pela continuidade do projeto de inclusão social e de desenvolvimento nacional do Governo Lula, ou voltava-se para o plano neoliberal, de fortalecimento das forças econômicas do mercado. Essa foi à disputa travada neste período.</div><div style="text-align: justify;">Sabidamente, o Presidente Lula antecipou a escolha do nome da sua sucessora, e indicou a Ministra Dilma, lançando o tal jogo plebiscitário. A oposição, com medo de competir com a popularidade de Lula, não lançou seu candidato antecipadamente, lançando um velho conhecido da população, José Serra, e optou por um suposto embate na comparação das biografias. A diferença entre as candidaturas Dilma e Serra, inicialmente, foi a de que Lula conseguiu unir, desde o início, os partidos da sua base aliada em torno do nome de Dilma, enquanto, a oposição partidária ao Governo Lula, representada pelo PSDB ficou dividida, pode se disser, até o primeiro turno das eleições.</div><div style="text-align: justify;">Estabelecidas as candidaturas e iniciado o período eleitoral, a população tomou conhecimento da indicação de Lula, que transferiu incrivelmente uma grande parcela de sua popularidade para Dilma, que avançou nas pesquisas de intenção de voto. A oposição não se posicionava contra o Governo Lula, e não explicitava seu programa, nem defendia seu passado como governo, e só ia perdendo espaço no eleitorado. Nessa primeira fase da campanha Dilma nadou de braçada.</div><div style="text-align: justify;">Ao perceber que a vitória de Dilma se concretizaria no primeiro turno, a oposição pautou a eleição não mais no campo programático nem nas biografias dos candidatos, mas direcionaram suas forças para uma campanha difamatória da candidata Dilma e de sua equipe. A grande mídia liderou esse processo, reproduzindo factóides ligados à religiosidade e a opção sexual de Dilma. Passou a atacar a competência de Dilma e criou uma rede de boataria que se iniciava na internet e era replicada pelos meios de comunicação. Foi uma campanha, reconhecidamente, classificada como suja, mas que conseguiu retirar de Dilma, no primeiro turno votos na quantidade suficiente para que a disputa fosse para o segundo turno. No entanto, não foi deslocada para a candidatura Serra, que representava a oposição, e sim para a “suposta” terceira via representada por Marina Silva.</div><div style="text-align: justify;">No segundo turno, todo esse esforço de retirada de votos da candidatura Dilma regrediu, mostrando o quanto a população rejeita o modelo neoliberal representado pelo PSDB e sua candidatura, Serra. O favoritismo da candidatura Dilma confirmou-se, com a eleição de Dilma Rousseff com 56% dos votos válidos, sendo a segunda maior votação da história do Brasil, que elegeu sua primeira Presidenta.</div><div style="text-align: justify;">A eleição de Dilma confirma a intenção da sociedade brasileira em avançar na pauta positiva do Governo Lula que indicava: soberania nacional, desenvolvimento econômico, distribuição de renda, inclusão social e liberdades políticas. E, ainda, trouxe um contexto favorável que é a futura configuração do Congresso Nacional, amplamente favorável a Presidenta Dilma, o que Lula não teve, tendo que negociar com os partidos e abrir mão de alguns importantes elementos de seu projeto. Neste ponto, Dilma poderá aprofundar essa pauta positiva, por herdar um país já no rumo das mudanças estruturais que acredita ser a correta e por contar com uma base congressual mais sólida. Além disso, Dilma está posta dentro do pólo progressista da América Latina, que desde a eleição de Hugo Chaves e Lula vem se concretizando na América Latina, em especial na América do Sul, com um projeto de integração regional e antiimperialista.</div><div style="text-align: justify;">Por estes motivos apresentados, de um contexto geral, sem falar dos avanços setoriais do Governo Lula e do projeto de Dilma para cada um deles, é que confio que a Presidenta Dilma possa realizar um mandato tão bem sucedido quanto o do Presidente Lula, sendo mesmo uma continuidade deste trabalho, respaldada pela sociedade brasileira que pela primeira vez na democracia republicana brasileira, aceitou a indicação de um presidente para sua sucessão.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Por José de Paula Santo - Membro da JPT do Vale do ParaíbaSilvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-54050097929375634092010-10-21T14:09:00.000-07:002010-10-21T14:10:08.124-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitPScwECRaRnK42VJesN9KdBb33-3rQVxmKugXBVXQKnjg4dXzLo1AkCkHelIhlI9MMj_SOIQscanoh8jpofPV_x17tnFPg1J7Jg0H_OWLcD2k6wH61W72RiASqtBPZEiKtJU5HYInaS8/s1600/Convite-Caminhada-com-Dilma.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="237" nx="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitPScwECRaRnK42VJesN9KdBb33-3rQVxmKugXBVXQKnjg4dXzLo1AkCkHelIhlI9MMj_SOIQscanoh8jpofPV_x17tnFPg1J7Jg0H_OWLcD2k6wH61W72RiASqtBPZEiKtJU5HYInaS8/s400/Convite-Caminhada-com-Dilma.jpg" width="400" /></a></div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-205633747877895852010-10-21T13:18:00.001-07:002010-10-21T13:18:34.992-07:00Caminhada do Movimento Negro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiisbaykQOtEfR6vPyCMqf9U3tj_pDmdhRQArCTap-l19M_dtguPP0bymi7_Ntn0LWtzD-ivL5e8IJC9X4aEqZtzNjfdOvwa2TUdDkopRLJzAYscEHYIwaTp23q0oY3Cy67zoUfSbGL9Y8/s1600/NEGRO+DILMA.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215" nx="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiisbaykQOtEfR6vPyCMqf9U3tj_pDmdhRQArCTap-l19M_dtguPP0bymi7_Ntn0LWtzD-ivL5e8IJC9X4aEqZtzNjfdOvwa2TUdDkopRLJzAYscEHYIwaTp23q0oY3Cy67zoUfSbGL9Y8/s400/NEGRO+DILMA.jpg" width="400" /></a></div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-54014737622558645372010-10-21T13:11:00.001-07:002010-10-21T13:16:09.762-07:00Em defesa da Educação Publica<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnlSTQJcrIzs-V7XI39V7BS672CVBcYdsLDjFi6NMV3mYgdpDBO2IGVdyCZvixQ9isS9n2LNu9Feiv4kwygPNDt3WbsWHcs0EbF03tpG6k2WBRTNLj_WRu66b7vopF9Qk7v69uZ_W1o-I/s1600/Dilma+final.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" nx="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnlSTQJcrIzs-V7XI39V7BS672CVBcYdsLDjFi6NMV3mYgdpDBO2IGVdyCZvixQ9isS9n2LNu9Feiv4kwygPNDt3WbsWHcs0EbF03tpG6k2WBRTNLj_WRu66b7vopF9Qk7v69uZ_W1o-I/s400/Dilma+final.jpg" width="287" /></a></div>Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4312225477433254831.post-40286901502142097712010-10-21T13:07:00.000-07:002010-10-21T13:16:20.860-07:00Ato em Defesa do Meio Ambiente com Dilma Presidente<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUuT8uyiZvyTPk141GD4UQp17JkBfE6VKIhkUzuybJE7V81-7qvt9nPiHTCsUa99ZSeuSkUGEIxRfsxJhDLzd7bZuQsqgi-oM9lc_MVGAKGPqVeVjGqOzw2RrCTGLK9h-YKVxAaP55Mrg/s1600/Ato-Meio-Ambiente.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" nx="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUuT8uyiZvyTPk141GD4UQp17JkBfE6VKIhkUzuybJE7V81-7qvt9nPiHTCsUa99ZSeuSkUGEIxRfsxJhDLzd7bZuQsqgi-oM9lc_MVGAKGPqVeVjGqOzw2RrCTGLK9h-YKVxAaP55Mrg/s400/Ato-Meio-Ambiente.jpg" width="312" /></a></div>É importante a nossa participação!Silvinha Rezendehttp://www.blogger.com/profile/14417672290645988472noreply@blogger.com0