O que os jovens querem?

                              
“Comecei a militar muito jovem e sempre tive muito contato com essa realidade. Em 2008, fui a primeira mulher eleita como secretaria de juventude do PT. Para mim é muito desafiador e muito gratificante, principalmente, por estar na linha de frente de uma campanha com essa importância para o Brasil”.

  Confira a entrevista:

Quais são as principais reivindicações da juventude hoje em dia?
Severine: O que sempre aparece na frente é educação e trabalho. Também existe a preocupação da juventude com segurança. Entra muito forte a questão do aceso a cultura, esporte e lazer. Ou seja, o interesse vai além de trabalhar e estudar. O reconhecimento das diversidades também são temas que a juventude fala muito.

Em termos de educação, o que a juventude espera das políticas de governo?
Severine: O ensino médio precisa ser reestruturado como um todo, ou seja, agregar o ensino médio com o ensino profissional. É importante buscar políticas da permanência na escola, assim como incentivar aqueles que largaram a escola para que concluam os estudos.
O governo Lula avançou muito nessa pauta. Com o ProUni, vários jovens carentes tiveram acesso a universidade. Agora, nós temos um gargalo bastante grande no ensino médio. O ensino médio do jeito que está não dialoga com a juventude. Não tem nenhum mecanismo que estimule o jovem a permanecer, ele não acha importante e entre estudar e trabalhar, ele vai optar por trabalhar.

Fale um pouco mais sobre cultura e lazer.
Severine: Ainda faltam equipamentos para lazer, esporte e para a produção cultural. Os jovens têm essa necessidade de reunir a galera para gravar um disco de Hip Hop, tocar um violão, etc.
A gente avançou muito nessas políticas com o programa Mais Cultura, com os Pontos de Cultura, mas é preciso avançar ainda mais nessas três áreas. É necessária a construção de espaços que dialoguem com esses três pontos: cultura, lazer e esporte. Isso que os jovens querem: espaços de referencia de juventude.

Na qualificação profissional, em termos de escolas técnicas e universidades, os jovens esperam ter mais oportunidades?
Severine: Acho que a proposta de Dilma Rousseff está corretíssima em colocar uma escola técnica em cada município de 50 mil habitantes. Muito jovem rural vai poder ter acesso a esse ensino.
O que foi iniciado no governo Lula está no caminho certo e cabe a nós, no governo de Dilma, investir, ampliar, interiorizar e massificar o acesso a educação. Avançamos muito, mas ainda tem gente fora da escola. Se a gente quiser ter um país de fato desenvolvido a gente precisa ter um investimento cada vez mais forte em educação e em ciência e tecnologia.
Eu acho que a expansão das universidades só confirma que estamos no caminho certo. Temos que continuar investindo, expandindo o máximo possível, garantindo também o desenvolvimento da agricultura familiar.

A droga é um problema sério. Como os jovens esperam que o Governo trate esse assunto?
Severine: Quando falamos nesse assunto caímos numa questão complicada. Porque aí agrega o jovem ao problema [das drogas]. Não dá para minimizar essa pauta. Precisamos combater o tráfico, tem que fiscalizar as fronteiras, a política precisa agir cada vez mais. Mas, não podemos ver o jovem como provocador desse ciclo todo.
É um pouco da proposta da Dilma quanto ao Crack, tanto na área de saúde, quanto no psicológico com a reabilitação. É importante também não tratar o crack como o maior problema da juventude brasileira, ele é mais um problema. Precisamos olhar para a juventude tanto com políticas que ajudam a combater, evitar o acesso, que ajudem na prevenção, quanto na redução de danos para os jovens que são usuários que precisam deixar de usar com ajuda de reabilitação.

O que a juventude pensa sobre a violência e o que precisa ser melhorado?
Severine: Os jovens ainda estão ligados aos altos índices de violência no país, principalmente, os negros. Há uma distorção da função da política para lidar com o jovem. A polícia usa forma repressora e não protetora.
Uma das experiências que deu certo no governo Lula foi o Pronasci, tanto das Unidades Pacificadoras, quanto os programas de juventude que unem polícia e comunidade.

O que a juventude espera do governo Dilma?
Severine: A galera está enxergando que só quem fez muito pelo Brasil pode fazer mais. Essa é a chave da questão. O governo Lula construiu a Política Nacional de Juventude, fez com que os jovens brasileiros deixassem de ser a juventude mais pessimista do mundo para ser uma das mais otimistas.
O governo Lula resgatou para a juventude a possibilidade de sonhar por uma vida melhor e ver uma perspectiva de futuro. Lula mostrou o caminho e estamos muito animados com o governo da Dilma, porque acreditamos na possibilidade de consolidar e dar um passo além.
A Dilma vai continuar ampliando escola técnica, ProUni, ProJovem. A Dilma tem falado muito nisso e a primeira atividade setorial da Dilma foi com a juventude, com a apresentação das propostas na Cidade de Deus. Isso demonstra um peso e uma importância grande por parte da candidata.

Fonte: Galera da Dilma

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