Mais que um pai, meu herói

Em um comovente relato, Miruna nos revela o Genoino pai e avô, tão incansável e dedicado quanto o Genoino militante. Confiram:



Domingo, 8 de agosto de 2010


É muito bom ter pai. É muito bom ter alguém que está sempre pronto a nos ajudar, que nos entende, que nos ajuda, que nos dá força e que está com um sorriso sempre a postos. É muito bom ter um pai como o meu pai… Graças a ele nunca me senti sozinha, nem nos momentos mais difíceis, porque ele sempre dava algum jeito de me mostrar que eu sempre teria o seu ombro onde me apoiar.
Parece mentira, mas pensando agora no meu pai, percebi que nunca o vi cansado. Nunca mesmo… depois de trabalhar a semana inteira, de viajar para cima e para baixo, com debates, palanque, o que fosse, quando ele estava em casa, sempre esteve pronto para ser o melhor pai do mundo para mim e para meu irmão… é claro que nós sempre sentimos muita falta de tê-lo mais perto, mais cotidianamente como muitos amigos nossos tinham, mas com o tempo aprendemos que é mais importante como você passa seu tempo com seu pai do que quanto tempo está com ele.
Quando toda aquela etapa difícil na vida do meu pai aconteceu, vivenciei pela primeira vez na vida a experiência de ter um pai todos os dias, dia e noite em casa. E lembrei-me muito das vezes em que eu ficava desejando (secretamente, claro), que ele estivesse mais dias conosco e menos em Brasília, porque vi que eu preferia mil vezes que ele estivesse longe, mas junto conosco, ligando, feliz, do que daquele jeito, triste, deprimido e sem saber muito bem que rumo tomar. Naquela época sofri demais porque foi a única vez na vida em que ele foi um super pai, mas um pai triste.
Ainda assim serei sempre grata porque mesmo quando ele passou pelo pior momento de sua vida, não deixou de ser meu pai querido. Eu estava prestes deixar a todos, deixar o Brasil e ele me ajudou de todos os jeitos possíveis, não deixando nunca que ninguém me desanimasse e sempre mostrando-se muito orgulhoso por eu ter encontrado meu caminho. Em nenhum momento disse que não queria que eu fosse, argumentando que ele ficaria com muita saudade, mas que mais importante é que eu fosse para onde eu seria mais feliz… quando eu decidi voltar ao Brasil ele de novo não foi logo dizendo, “filha, volte logo”, e não me apoiou até que eu pudesse ter pensado muito e depois de que eu tivesse realmente o convencido de que era uma decisão pensada e certa. E que meu marido, que ele sabe o quanto amo, estivesse disposto a vir comigo…
Hoje estou aqui feliz, porque comemoro o dia dos pais perto desse meu pai tão amado, tão especial, meu herói. Esse pai que já nasceu meio avô, e que agora que é mesmo vovô, mostra a cada encontro, a cada gesto, seu amor incondicional pelos meus filhos. E mesmo depois de ter percorrido seis cidades do interior de São Paulo em apenas dois dias, chega com o pique total para brincar de cavalinho com o Luismi, carregar a Paulinha no cangote e dar banho nos dois quase que ao mesmo tempo.
Eu continuo sem vê-lo cansado.
Te amo, Papai! Feliz dia dos pais!

Fonte: As aventuras de uma família hispano-brasileira! (blog da filha de José Genoino, Miruna Kayano Genoino)

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