Valorizando quem constrói o Brasil

O salário mínimo é o máximo para dezenas de milhões de brasileiros que vivem dele. Desde que foi criado em julho de 1940, com o valor de 240 mil réis, ele é a expressão da realidade econômica da avassaladora maioria da massa trabalhadora brasileira. Bem ou mal, é dele que vivem homens e mulheres, pais e mães de família, nos centros urbanos, nas cidades do interior ou nas zonas rurais, batalhando em fábricas, no comércio, acordando antes que o sol nasça nos campos do Brasil profundo.
Mesmo que o salário mínimo e a legislação trabalhista tenham sua origem e inspiração na Itália de Mussolini, moldadas na “Carta Del Lavoro”, promulgada em 1927 pelo regime fascista, no Brasil da República Velha, eles foram um avanço. Éramos um país onde os trabalhadores não tinham qualquer direito reconhecido, recebiam o que lhes pagava o humor ou a “caridade” do patrão, eram demitidos ou enxotados ao bel-prazer do empregador depois de anos e anos de trabalho em regime de semi-escravidão, em condições insalubres e desumanas, em condições de degradação e indignidade.
País multifacético, onde os contrastes convivem de forma impressionante, o Brasil registra em sua história riquíssima que o presidente Getúlio Vargas, em sua fase como ditador, instituiu o salário mínimo e garantiu os direitos iniciais para a classe trabalhadora. E, bem mais de meio século depois, ocupando a mesma presidência, só que pelo voto popular, o presidente Lula conseguiu aumentar o salário mínimo em 74% ao longo de menos de sete anos de governo, transformando a realidade dos que vivem dele e aumentando extraordinariamente a capacidade de compra das classes D e E, ou seja, a absoluta maioria da população brasileira.
Os 74% de aumento no que realmente ganha a massa trabalhadora, um ganho real jamais visto no país, é coroado por uma economia estável, baseada em fundamentos sólidos, sem a ameaça do processo inflacionário e, por conseguinte, da brutal corrosão dos salários.
De 1994, lançamento do Plano Real, até a posse do presidente Lula em 2003, o Brasil foi à bancarrota três vezes. Freqüentamos, humilhados, os balcões do FMI – hoje nosso devedor, quem diria… – com o estigma de uma condução econômica desastrosa em todos os aspectos, mas, essencialmente, no que diz respeito à política salarial. Na década que precedeu à chegada do governo Lula, o salário mínino nunca foi tão mínimo: R$ 64,79 (março de 1994) e R$ 180,00 (março de 2002). Em oito anos, dentro de um panorama econômico desfavorável e com perdas contínuas para os brasileiros, a inflação subiu velozmente pelo elevador enquanto o salário subia sofrivelmente pela escada. Jamais se encontraram. Salvavam bancos quebrados torrando bilhões, mas não aumentavam os salários dos que fazem o Brasil!
A realidade do povo brasileiro mudou. O Brasil mudou por isso. A mudança de um país é a mudança de seu povo, não a mudança de um presidente ou de um partido no poder. A mudança fundamental e que a todos nos interessa é a que se vê, a que se constata, a que se testemunha, a que se presencia nas gôndolas dos supermercados lotados de consumidores e nas panelas cheias das casas simples das periferias. A mudança ocorrida no Brasil é a do salário mínimo que, ainda longe de satisfazer o que sonhamos para nossa gente, já não é mais o salário de fome e de vergonha pago no passado recente de quebradeiras e de falências, de concordatas e de desemprego.

                                   
Fonte: Blog do Planalto
O ganho real do salário mínimo no governo Lula é o maior da história! O poder de compra do brasileiro é o maior em todos os tempos! A renda do brasileiro cresce 10% em média e a renda média mensal atingiu R$ 1.285 e não interrompeu tendência de ascensão social. Há produtos que o trabalhador consome nos dias de hoje, nos dias do governo Lula, e que não faziam parte de sua realidade, nem eram cogitados quando o carrinho de compras deslizava pelos supermercados do país: iogurte, creme hidratante, leite longa vida, fibras, cereais, sucos, água mineral. Coisas simples para a classe média. Coisas banais para os ricos. Sonhos para pessoas que viviam na penúria que lhes foi destinada nos anos anteriores ao governo de transformações sociais do presidente Lula.
Há dados recentes do governo Lula que mostram a razão do sucesso e o porquê do apoio que ele recebe da totalidade dos trabalhadores do país: de 1909 até 2002 foram inauguradas 140 escolas técnicas em todo o Brasil. Em menos de oito anos de governo Lula foram construídas 214 novas escolas técnicas, modernas, de excelente qualidade, todas funcionando. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, estima que o Brasil irá crescer 6% em 2010 e informa que os desembolsos do BNDES bateram recorde e chegaram a R$ 25,5 bilhões no primeiro trimestre, crescendo 37% em relação ao ano anterior, financiando o desenvolvimento, gerando mais empregos e mais riqueza.
Quando o salário mínimo (governos anteriores) era de R$ 200 o saco de cimento custava R$ 22. Hoje o salário é de R$ 510 e o mesmo saco de cimento custa R$ 15! Isso explica tantas casas de trabalhadores sendo reformadas, tantos “puxadinhos” trazendo conforto e alegria para essa gente humilde que constrói o pais. Com o mínimo anterior, o litro de gasolina custava R$ 2,30 a R$ 2,50. Continua custando o mesmo, mas o salário mais que dobrou, e a indústria automobilística, também, passou dos 1,5 milhão de automóveis/ano para os quase 5 milhões de novos veículos entregues em 2009.
Esse é o país das forças democráticas que venceram em 2002 as eleições mais disputadas da história. Nossos adversários criaram o “risco Lula” e o “risco Brasil” chegou à estratosfera. Hoje ele é pouco mais de 170 pontos. O dólar que chegou a mais de R$ 4,00, na especulação eleitoreira, placidamente repousa faz meses em patamares já costumeiros.
A grande tarefa é a continuidade do governo vitorioso do Estadista Luiz Inácio Lula da Silva, garantindo as vitórias do Brasil, de seus trabalhadores, de seus empresários, o seu presente de paz e o seu futuro de grandeza.


 Delúbio Soares é professor



Fonte: www.delubio.com.br

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